1º DE MAIO: LEVANTEMOS A BANDEIRA INTERNACIONALISTA DA CLASSE TRABALHADORA REVOLUCIONÁRIA!
Domingo, 20 Abril 2025 15:18
Diante da crise capitalista e das políticas belicistas
O mundo continua a vivenciar uma fase que chamamos de decomposição do imperialismo e assimilação dos ex-Estados operários.
Os Estados Unidos lançaram uma guerra tarifária como resposta decadente a um imperialismo em crise, que não conseguiu estabilizar sua hegemonia com as instituições criadas no pós-guerra, nem assimilar os ex- Estados operários ao sistema de Estados capitalistas (o que implicaria a destruição de suas forças produtivas, o desmembramento territorial e a recomposição do império da lei do valor, substituindo a centralização burocrática estatal pelo sistema de monopólios, transformando-os em semicolônias). Isso levou todas as contradições do sistema, em crise, a explodirem no próprio coração dos Estados Unidos. Estamos testemunhando uma política muito aventureira e delirante de ruptura do instável equilíbrio do pós-guerra. Ou seja, assistimos a uma transição para uma nova reconfiguração de equilíbrios num momento agudo da crise capitalista.
A economia global caminha para uma recessão com elementos de depressão, com crises de dívida nas semicolônias e processos inflacionários em grande parte do planeta. O sistema capitalista expressa uma crise histórica na organização das relações sociais de produção e nas suas formas de dominação. Entrou em uma contradição explosiva, pois não conseguiu conter a relação capital-trabalho dentro das instituições criadas para sua dominação e não conseguiu encontrar, no processo histórico, sua substituição por outra forma de dominação estatal burguesa.
Neste contexto internacional, os trabalhadores dos EUA têm a palavra. Eles devem enfrentar Trump e seus aliados, resgatar os sindicatos da burocracia sindical e da aristocracia trabalhista historicamente ligada ao Partido Democrata e conquistar setores do proletariado para uma política de internacionalismo e unidade entre os setores produtivos nos diversos países onde o capital imperialista penetrou.
Diante do colapso do Reino Unido, da União Europeia e do estado de bem-estar social, que só têm preparativos de guerra a oferecer, a resposta dos trabalhadores deve ser abrir processos revolucionários que enfrentem os governos imperialistas que nos colocaram nessa situação.
Devemos pôr fim às políticas belicistas do imperialismo em todo o mundo: para que a resistência palestina no Oriente Médio triunfe e destrua o enclave israelense e todas as lideranças contra-revolucionárias; para o proletariado ucraniano e russo confrontar seus governos e desenvolver uma guerra revolucionária para derrotar o processo de assimilação em curso; para que o proletariado chinês possa fazer parte das lutas do proletariado mundial e enfrentar o processo de assimilação do ex-Estado operário.
Os trabalhadores de todo o mundo devem enfrentar essa situação histórica globalmente com a força de nossa classe para destruir esse sistema capitalista que só pode garantir a superexploração e uma vida miserável. Ao mesmo tempo, devemos combater qualquer noção de conciliação de classes em nome de "frentes antifascistas" para conter uma suposta "extrema direita" que tende a defender a democracia burguesa por trás de variantes "progressistas" como Bernie Sanders, o Parti de Gauche, nos países imperialistas, ou em suas formas semicoloniais como o Partido dos Trabalhadores no Brasil, o Partido dos Trabalhadores no Chile ou as coalizões peronistas na Argentina. As correntes trotskistas devem lutar pela independência de classe e não recriar, de forma degradada, a tática da Frente Única com partidos que não têm base na classe trabalhadora e dependem apenas de instituições burguesas.
Neste 1º de maio, reafirmamos nossa história como classe e levantamos firmemente as bandeiras da Comuna de Paris, da Revolução Russa, dos mártires de Chicago e dos líderes trabalhistas que morreram ou foram mortos confrontando este sistema. Portanto, 139 anos depois daquele Primeiro de Maio, quando a burguesia americana assassinou os mártires de Chicago, é crucial retomar o trabalho dos revolucionários na luta contra o capitalismo e suas instituições, especialmente os Estados-nação. Lutamos pela destruição do Estado burguês e nos baseamos na experiência da Revolução Russa e seu sistema soviético para continuar esse caminho de luta.
Para que o internacionalismo se desenvolva, a reconstrução da Quarta Internacional é primordial para fornecer uma liderança revolucionária a esse processo histórico, para regenerar uma vanguarda da classe trabalhadora que possa oferecer uma perspectiva marxista ao proletariado mundial. Acreditamos que, como primeiro passo nessa direção, devemos convocar uma conferência internacional das correntes trotskistas que ainda defendem a ditadura do proletariado para discutir as tarefas futuras diante da situação global.
Pela unidade internacionalista dos trabalhadores contra o imperialismo e suas políticas bélicas.
Pela derrota do enclave israelense e pelo triunfo da resistência palestina!
Viva a luta da classe trabalhadora mundial! Viva a Quarta Internacional!
COR Chile - LOI Brasil - COR Argentina