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Aos 85 anos do assassinato de Trotsky, é imperativo concluir as tarefas que nos deixou apontadas

Quarta, 20 Agosto 2025 19:11

Em seus últimos anos, o grande revolucionário Leon Trotsky trabalhou para lançar as bases de uma nova Internacional para a revolução socialista mundial, a IV Internacional, em seu enfrentamento à contrarrevolução de Stalin e a decadência da III Internacional. Ocupado nessa tarefa, foi encontrado, em 20 de agosto de 1940, pelo agente do stalinismo que lhe desferiu o golpe fatal. No entanto, a história não é obra de indivíduos isolados, sejam heróis ou vilões, e por isso a luta de classes —  ou seja, a luta pela revolução socialista mundial — não foi detida, e a tarefa que ele deixou inacabada permaneceu como ponto de partida para as gerações subsequentes de revolucionários.

Desde então, a incipiente IV Internacional teve que enfrentar enormes dificuldades, submetida às enormes pressões de uma situação mundial pós-guerra altamente inédita e contraditória, após a eclosão da Revolução Russa e do Estado Operário; eventos que mudaram o curso da história para sempre. O processo de adaptação às instituições da democracia burguesa e às concepções oportunistas de muitas correntes que se reivindicam trotskistas internacionalmente tornou-se um obstáculo à perspectiva revolucionária.

Há 85 anos do desaparecimento físico de nosso principal dirigente, a crise do sistema capitalista se aprofunda cada vez mais. É tarefa dos revolucionários do século XXI recuperar o método que Trotsky nos legou e, a partir da sistematização de sua experiência revolucionária, continuar a luta pelo comunismo, combatendo nossos inimigos de classe. Nosso desafio hoje se apresenta com enorme clareza: resolver a crise histórica da humanidade, que é a crise da direção revolucionária do proletariado.

Pela refundação da IV Internacional

Em nosso recente Congresso, a TRQI discutiu a necessidade de dar passos concretos nessa direção e buscou aportar a partir da compreensão desta complexa situação de decadência imperialista, marcada por um processo de recessão da economia mundial; a guerra entre Rússia e Ucrânia, dois ex-Estados Operários; o avanço da China na economia mundial, outro ex-Estado Operário, e o desenvolvimento de um genocídio na Palestina. As tendências para uma guerra generalizada tornam-se mais agudas, porém esta guerra não possuirá as características das duas guerras mundiais anteriores. Neste caso, seria uma guerra mundial em uma fase de decomposição imperialista e de pilhagem para definir como se integram os ex-Estados Operários em processo de assimilação. A situação está marcada por uma ruptura do equilíbrio instável, na qual processos de luta de classes mais acirrados certamente se abrirão. Devemos intervir nas fileiras do proletariado com um programa transicional que apresente uma saída revolucionária ao massacre ao qual pretendem nos arrastar o imperialismo e seus aliados.

É fundamental discutir de frente com as tendências que reivindicam a ditadura do proletariado para avançar na reconstrução da IV Internacional. É necessário desenvolver uma minoria revolucionária organizada dentro do movimento operário para levar adiante a tarefa da luta programática pela revolução socialista. Da TRQI, reivindicamos que é a partir do programa da IV Internacional, da sistematização e generalização da experiência da Revolução Russa que Trotsky nos deixou, para seguir desenvolvendo a luta pela revolução mundial na época imperialista.

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