RECUPERAR OS SINDICATOS DAS MÃOS DAS BUROCRACIAS! ERGUER A LUTA PELA A ESCALA MÓVEL DE HORAS E TRABALHO!
Sábado, 15 Febrero 2025 16:51Em novembro do ano passado, um importante debate sobre condições de trabalho se impôs, superando as bolhas da internet, que foi a discussão sobre a escala 6x1, impulsionado pela deputada Erika Hilton (PSOL), que apresentou projeto de lei na câmara dos deputados.
O tema mobilizou forças políticas em todos os espectros políticos - contra e a favor - e trouxe à ordem do dia a pauta sobre as condições de trabalho, e consequentemente ataques diretos aos trabalhadores como forma de garantir os lucros da burguesia e recuperar a produtividade, em um momento de aprofundamento da crise capitalista, marcada entre outros justamente pela queda dos índices mundiais de produção.
Porém, a discussão posta com a proposta da deputada psolista se dá de forma rebaixada, localizada nos marcos do parlamento burguês e acompanhando as próprias políticas de flexibilização do patronato. O que está implícito no bojo dessa medida são: a redução de jornada com a redução de salário, lay-off, banco de horas e o arrocho salarial.
As escalas de trabalho sofrem alterações ou mudanças de ritmo e tempo de acordo com as necessidades e interesses dos capitalistas, cujo processo produtivo já emprega inúmeras jornadas de trabalho na perspectiva da divisão social do trabalho. Essas escalas são negociadas nas mesas dos burocratas sindicais, que estão há tempos afastados dos locais de trabalho, logo de suas bases e colados ao Estado, conciliando-se com patrões enquanto atuam como muro de contenção da luta de classes.
Como contraponto a essa política patronal, a política que se impõe é a da ESCALA MÓVEL DAS HORAS DE TRABALHO - em que todo o trabalho disponível, deve ser distribuído entre toda a força de trabalho disponível, sem qualquer redução salarial, e essa luta deve ser levantada não através das instituições da burguesia como o parlamento e o judiciário, mas através de nossos métodos históricos de luta, e sempre sob a luz da independência de classe.
Para isso, mais do que atos de rua isolados, é preciso que os sindicatos e centrais sindicais tomem a frente desse processo, tomando para si o protagonismo dessa luta, porém, diante da política deliberada de contenção da luta de classes, empreendida pelas direções sindicais e políticas da esquerda eleitoral, se torna urgente a necessidade de recuperação dos sindicatos dessas camarilhas que se apossaram do nosso instrumento de luta e o transformaram em seu meio de vida, desviando toda a luta histórica para as instituições burguesas, advogando que migalhas em meio aos destroços, devem ser consideradas como vitórias.
- PELA ESCALA MÓVEL DE HORAS DE TRABALHO!
- PELA ORGANIZAÇÃO NAS NOSSAS ESTRUTURAS, COM NOSSOS MÉTODOS HISTÓRICOS DE LUTA E INDEPENDÊNCIA DE CLASSE!