Crise, guerras e os desafios dos revolucionários
Quinta, 31 Março 2022 17:45Debate
CRISE, GUERRA E OS DESAFIOS DOS REVOLUCIONÁRIOS
Sábado 9/4
17hs Argentina-Brasil
16hs Chile
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Organizar uma resposta operária ao conflito OTAN-Rússia
24 de fevereiro de 2022
O governo Putin realizou uma ação militar denominada “operação militar especial" na Ucrânia, reivindicando uma defesa na região pró-russa de Donbass. A Rússia bombardeou alvos militares e estratégicos na Ucrânia e está ameaçando com uma invasão de suas tropas de diferentes flancos a uma Ucrânia sitiada.
Putin justifica o ataque dizendo que busca garantir a independência das autodenominadas "repúblicas populares" de Donetsk e Lugansk, que nos últimos 8 anos foram atacadas pelo exército ucraniano. Desta forma, ele tenta desestabilizar o governo ucraniano, que é aliado da OTAN.
A resposta do imperialismo norteamericano e da UE são maiores sanções econômicas para que Putin desista de seu avanço belicista. Por outro lado, a China tenta encontrar um equilíbrio nessa situação caótica.
Diante desse cenário, nós revolucionários, devemos intervir propondo uma solução operária para a crise que se abriu, para intervir de forma independente em uma situação mundial marcada pela crise econômica e acelerada pela pandemia. Devemos agitar, frente ao conjunto dos trabalhadores, que esta não é nossa guerra, que é totalmente alheia aos interesses históricos do proletariado. Os interesses perseguidos pela OTAN e o imperialismo são de assimilar os ex-Estados operários como semicolônias. Do lado do governo Putin, se busca apoiar uma burocracia restauracionista ao serviço de uma protoburguesia que não está disposta, em sua transição para o capitalismo, a ser uma simples semicolônia.
As “severas sanções econômicas" propostas pelo imperialismo serão pagas à custa de uma maior exploração de nossa classe, não apenas em seus próprios países, mas também através da exploração das semicolônias. É por isso que devemos unir os trabalhadores contra os governos de turno e impedir, com métodos operários, que a máquina militar seja acionada para defender os interesses imperialistas. Na região em conflito, devemos buscar a unidade entre o proletariado ucraniano e russo para deter a restauração capitalista em curso, expropriar a protoburguesia e retomar as tarefas revolucionárias que ficaram inacabadas. Para isso, devemos partir da recuperação das lições mais avançadas do processo revolucionário de outubro, como a formação de federações, forma estatal da ditadura do proletariado; lições que, não por acaso, tanto o imperialismo, quanto Putin e os restauracionistas russos abominam e querem apagar da história.
Este conflito ocorre em meio a uma decomposição do imperialismo e um processo de assimilação dos ex-Estados operários. O imperialismo norteamericano tenta reconquistar a hegemonia mundial, expondo, por sua vez, sua debilidade histórica, enquanto as burocracias a mando dos ex-Estados operários da Rússia e da China tentam manter o lugar que conquistaram dentro do sistema capitalista em crise.
Àqueles, como nós, que reivindicam o marxismo revolucionário, chamamos urgentemente as correntes que ainda levantam a ditadura do proletariado para uma Conferência Internacional para discutir um programa e ações internacionalistas em comum.
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Ofensiva da OTAN na Ucrânia
A escalada belicista por intermédio da OTAN para disciplinar as zonas de influência da Rússia, neste caso na Ucrânia, a qual o imperialismo norte americano pretende que pertença à OTAN contradizendo a consideração da Rússia de que deve estar sob sua influência, entrou na diplomacia das armas.
Esta situação se dá em um contexto internacional onde a suposta normalidade do pós pandemia é uma miragem, já que a variante Ômicron segue demostrando que não está solucionado o problema da Covid. O impacto da crise econômica é cada vez maior, apesar da retomada de 2021 e as expectativas de recuperação impulsionadas pela vacinação massiva, as economias em geral não conseguiram alcançar os níveis de produção de 2019 e para este ano já se prevê uma forte desaceleração.
O território em disputa, a Ucrânia, condensa os processos históricos do último período. Foi parte da URSS, parte de seu processo de dissolução e das disputas territoriais na formação de seu Estado, considerando que em seu momento foi um dos motores econômicos da ex URSS por seu petróleo e recursos naturais.
Esse conflito deve ser enquadrado dentro de uma etapa histórica que nós definimos como um processo combinado de decomposição do imperialismo e de assimilação dos ex-Estados Operários. Consideramos importante fazer esta precisão na análise, porque nos permite entender melhor o fenômeno, no qual o imperialismo norte-americano em sua decadência pretende recuperar a hegemonia mundial e tenta assimilar a Rússia ao sistema capitalista, embora a protoburguesia russa negocia a condição de sua transição ao capitalismo.
Nós marxistas sustentamos que a assimilação dos ex-Estados Operários se desenvolverá na arena mundial, onde se definirá se sua transição é para Estados ou semi-Estados semicoloniais, ou se no desenvolvimento da restauração capitalista se dêem processos revolucionários, com revoluções complementares – como denominava Trotsky às revoluções internas que corrigiriam o rumo das transições na dinâmica de revolução permanente –, onde derrotemos a transição capitalista e formemos um novo Estado Operário. A burocracia russa que sobreviveu ao eclosão da URSS, mas que não pode se converter em classe burguesa por sua relação com os meios de produção ainda estatais em sua maioria, não pode se conformar como classe e portanto dificulta a formação de um Estado burguês e essa contradição, levada ao plano internacional, obriga a essa protoburguesia em formação à auto adaptação ao processo de restauração capitalista conquistado parcialmente, defendendo-o e buscando áreas de influência mediante mecanismos econômicos ou militares como foi a anexação da Criméia em 2014.
Na transição do capitalismo ao socialismo, no alvorecer do primeiro Estado Operário do mundo, Trotsky se perguntava se a burocracia soviética iria ser assimilada no processo de transição, situação que não se deu e foi essa burocracia que truncou a extinção do Estado e se conformou em um bonapartismo que preparou as condições para a restauração capitalista. O que essa burocracia não pode prever foi que sua assimilação ao sistema capitalista se produziria no momento de uma decadência histórica e sem garantias de sobrevivência.
Entretanto, o imperialismo norte-americano tenta, em meio de uma crise mundial que a pandemia veio acelerar, recuperar terreno perdido na arena mundial, utilizando seu poderio militar para disciplinar seus aliados como a UE, que está em crise total, e mostrar sua direção frente seu inimigo número um, que é a China. A debilidade dos EUA para impor seu poderio é sua situação interna, já que não pode recriar uma base social que apóie uma eventual guerra.
Assistimos a uma situação mundial convulsiva, onde temos presenciado processos de massas em diferentes pontos do mundo enfrentando a política imperialista frente a pandemia e os ataques às condições de vida da população.
O conflito aberto entre a Rússia e a OTAN obriga aos revolucionários fazerem uma grande campanha internacional para que os trabalhadores intervenham contra a OTAN e seus países membros e impulsionar a solidariedade entre o proletariado ucraniano e russo para enfrentar a restauração capitalista com métodos revolucionários. É necessário que o proletariado desta região recupere o mais avançado das lições do processo revolucionário, como a conformação de federações como forma estatal da ditadura do proletariado.
A crise mundial e a pandemia aceleraram as definições históricas na situação internacional para a sobrevivência do imperialismo norte-americano e para fechar o período dos Estados Operários. Nesta situação nós marxistas temos grandes desafios e responsabilidades. Insistimos em nosso chamado para uma Conferência Internacional com as correntes que ainda reivindicam a ditadura do proletariado e a necessidade da reconstrução da IV Internacional como tarefa urgente.
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Guerra entre Armenia y Azerbaiyán por Nagorno Karabaj
La disputa por el territorio de Nagorno Karabaj, o Alto Karabaj, entre Azerbaiyán y los independentistas armenios que controlan la zona ha desatado un enfrentamiento bélico que se ha llevado puestas 2 treguas desde su inicio el 27 de septiembre.
Los actuales territorios de Armenia, Azerbaiyán y Georgia, en el Cáucaso meridional, eran parte del imperio zarista y tras la revolución de Octubre fueron incorporados a la URSS. El territorio de Nagorno Karabaj mantuvo un estatus especial dentro de la federación soviética, como territorio autónomo de mayoría armenia integrado al territorio de la República Soviética de Azerbaiyán. La descomposición de la URSS llevó a que se desatara un enfrentamiento entre Armenia y Azerbaiyán a partir de 1988, y tras la caída de la misma, comenzó una sangrienta guerra que, a partir de la intervención de Rusia y el imperialismo, llegaría a un alto el fuego precario en 1994. Azerbaiyán es una potencia petrolera y de la extracción del gas, ligada a Turquía por el idioma y la historia. Armenia es un pequeño país montañoso de un poco más de 3 millones de habitantes, cuya industrialización avanzó con su integración a la URSS y luego retrocedió abruptamente con su caída, y recibe cuantiosas remesas de la llamada diáspora, unos 10 millones de armenios que viven fuera de esta república, luego de ser expulsados de Anatolia oriental por el imperio Otomano durante la 1º Guerra Mundial, a través del genocidio de más de un millón de personas.Las bases sociales del desorden
Lo que caracteriza el actual período histórico es, por un lado, un tortuoso proceso de asimilación de los ex-Estados obreros al sistema capitalista y, por el otro, el avance de la descomposición imperialista que a la vez determina las dificultades para completar esa asimilación. En la coyuntura, esto se ve exacerbado por la desorientación del imperialismo yanqui, que no ha tenido ninguna política coherente en la región y está más bien sumido en su propia crisis económica y social interna y en la disputa electoral. Por su parte, la UE, que era la estructura supra estatal que supuestamente estaba destinada a organizar la asimilación de los ex Estados obreros de Europa oriental, está, en cambio, sumida en la negociación de la salida de uno de sus principales socios con el Brexit. Y ha quedado paralizada en su política para su frontera sur-oriental, por posturas divididas en cuanto a su relación con Turquía, cuya burguesía definió dejar de pelear por el ingreso al bloque europeo (lo que llevó a un intento de golpe de Estado en 2016). Esta división queda expuesta por las diversas posiciones en relación al avance turco en las prospecciones hidrocarburíferas en el Mediterráneo oriental, su política en Chipre, sus intervenciones en Libia y Siria y finalmente su posición de abierto apoyo al gobierno Azerí en la actual guerra en Alto Karabaj. Mientras el francés Macron pretende encabezar una política de mayor enfrentamiento al gobierno turco de Erdogán, con el apoyo del gobierno derechista griego, Merkel y el gobierno alemán prefieren una política de apaciguamiento. Sin embargo, es necesario decir que los obstáculos para la asimilación de los ex Estados soviéticos no están dados por una falencia en la política exterior, sino por el desgarramiento del proyecto imperialista europeo en sus bases materiales capitalistas, sobre todo a partir del estallido de la crisis de 2008. Actualmente, podemos hablar de una nueva crisis que es continuidad de aquella, pero no lineal, exacerbada por la pandemia y por las funestas consecuencias de la destrucción de conquistas obreras de las décadas anteriores, que utilizó la burguesía imperialista europea bajo la bandera de la austeridad para intentar dar una salida burguesa.
Frente a esta descomposición imperialista y a la errática política exterior de los Estados metropolitanos, la burguesía turca intenta diseñar su propia hoja de ruta como potencia regional, lo que podría llamarse un “imperio de opereta” con bases totalmente semicoloniales, no por ello menos brutal y asesino. A su turno, el bonapartismo de la protoburguesía rusa encabezado por Putín debe enfrentarse a las contradicciones que explotan en la periferia de su dominio estatal, como es el caso de la crisis en Bielorrusia, de la semiinsurrección en Kirguistán y de la guerra a que nos referimos en esta nota. Acá, nos parece interesante tomar la hipótesis de León Trotsky en relación a la restauración capitalista, que planteaba que la dirección contrarrevolucionaria que dirigiera los procesos de restauración, en su contradicción de no poder conformarse en clase, generaría, en su relación con las leyes tendenciales de la economía mundial, un caos capitalista. En este caso, se extiende a la periferia de la ex- URSS, donde los sectores provenientes de la burocracia estatal y la pequeña burguesía de estos países pujan por el control territorial bajo el ropaje de argumentos de derecho internacional e ideologías nacionalistas para intentar establecer nuevos Estados, sin duda semicoloniales, buscando un equilibrio entre las diferentes fuerzas internacionales circundantes (tanto Armenia como Azerbaiyán pertenecen a un sinnúmero de coaliciones internacionales de posguerra) en un período de decadencia capitalista y, por lo tanto, de decadencia de la forma estatal de dominación burguesa, el Estado-nación.La experiencia trunca de la URSS
Frente a la guerra actual, que ya cuenta decenas de muertos, cientos de refugiados y el bombardeo de importantes ciudades de Alto Karabaj y Azerbaiyán, algunos grupos e intelectuales proponen volver a los “valores cosmopolitas e internacionalistas” del Estado soviético como solución para conquistar la paz entre los pueblos. Las bases marxistas del programa revolucionario, que guió a los bolcheviques a tomar el poder y desarrollar la experiencia de la URSS como forma estatal de la dictadura del proletariado, niega que un programa se base en ideologías. Porque es el ser social el que determina la conciencia y no al revés. El problema de las minorías nacionales que estaban atrapadas en la entonces llamada “cárcel de los pueblos”, el imperio Zarista, fue tomado con mucha seriedad por Lenin. Estas naciones oprimidas vivían bajo condiciones de atraso en su desarrollo económico y social. El llamado de los comunistas, materializado en los Congresos de la III Internacional, era a integrarse a una Federación de Repúblicas Socialistas en una alianza revolucionaria con el proletariado ruso para superar ese atraso a través de formas socialistas de organización económica y social, comprimiendo las etapas históricas. La transición del capitalismo al socialismo bajo la dirección del proletariado a través de su dictadura, esas fueron las bases materiales que permitirían la reorganización democrática de los pueblos en el seno de la federación. Un futuro socialista plantearía nuevos problemas, pero sin dudas permitiría liquidar las luchas fratricidas sembradas por el atraso y las necesidades posteriores de territorialización de la ganancia propias del capitalismo.
De hecho, la experiencia de la URSS permitió una convivencia entre las naciones del Cáucaso y un relativo desarrollo industrial. Sin embargo, la experiencia fue truncada por la contrarrevolución burocrática dirigida por Stalin, que estableció el dominio de esta casta sobre el proletariado y sobre las minorías nacionales de la URSS, fortaleciendo el aparato estatal en lugar de sentar las bases sociales para su extinción. El pasaje de la burocracia a las filas de la restauración capitalista abierta a principios de los noventa liberó todas las tendencias centrífugas del capital, llevando a guerras como la de los Balcanes y este proceso continuará desarrollándose por un período determinado de tiempo, cuya duración no podemos definir a priori, al no poder encontrar una salida capitalista estable dada la descomposición imperialista. Y tampoco una salida progresiva, dada la crisis de dirección revolucionaria. Esta condicionalidad estará determinada, a su vez, no por “valores e ideales” al gusto de los nostálgicos, sino por la lucha de clases, por el choque entre las fuerzas proletarias de la revolución mundial y de la contrarrevolución burguesa. “Definir al régimen soviético como transicional o intermedio es descartar las categorías sociales acabadas como capitalismo (incluyendo al "capitalismo de Estado"), y socialismo. Pero esta definición es en sí misma insuficiente y susceptible de sugerir la idea errónea de que desde el régimen soviético actual solo es posible una transición al socialismo. En realidad, un retroceso hacia el capitalismo es totalmente posible. [...] Naturalmente, los doctrinarios no quedarán satisfechos con una definición tan hipotética. Quisieran fórmulas categóricas: sí y sí, no y no. Los fenómenos sociológicos serían mucho más simples si los fenómenos sociales tuviesen siempre contornos precisos. Pero nada es más peligroso que desechar, en nombre de la integridad lógica, los elementos de la realidad que hoy contrarían nuestros esquemas, y que mañana pueden refutarlos por completo. En nuestro análisis hemos evitado, ante todo, violentar las formaciones sociales dinámicas que no han tenido precedentes y que no tienen analogías. La tarea científica, tanto como la política, no es dar una definición acabada de un proceso inacabado, sino seguir todas sus fases, desprender sus tendencias progresivas de las reaccionarias, exponer sus relaciones recíprocas, prever posibles variantes del desarrollo ulterior, y encontrar en esta previsión un punto de apoyo para la acción.” (L. Trotsky, La Revolución Traicionada)
Los revolucionarios nos oponemos a la guerra fratricida entre armenios y azeríes, dirigida por los sectores que pretenden la creación de pequeños Estados vasallos del imperialismo en la región. Es parte del militarismo general al que llevan las tendencias bonapartistas que recorren el mundo ante la decadencia burguesa. Peleamos por una salida obrera, a partir de un programa de expropiación de los expropiadores, la derrota de las protoburguesías que dirigen las repúblicas de la Ex Unión Soviética y por una Federación Socialista del Cáucaso. La clase obrera rusa está llamada a apoyar a los trabajadores azeríes, armenios y georgianos en esta tarea, comenzando por la paralización de las fábricas de armas y pertrechos militares y del transporte de los mismos, destinados a armar a ambos bandos para beneficio de Putín y sus acólitos. Así como llamamos a los trabajadores de Turquía, los países europeos y Estados Unidos a acciones obreras contra la intervención de sus Estados burgueses en la región, que como quedó demostrado en Kosovo, sólo sirve para aumentar las masacres y las penurias de los trabajadores y el pueblo pobre. Nuevamente, y de manera cada vez más urgente, llamamos a impulsar una Conferencia Internacional a todas las corrientes revolucionarias que defienden la necesidad histórica de la dictadura del proletariado y luchan por la reconstrucción de la IV Internacional.Publicado en www.cor-digital.org, 21/10/2020.