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47º aniversário da revolta da Politécnica de Atenas
47º aniversário da revolta da Politécnica de Atenas
Solidariedade com os estudantes reprimidos pelo governo grego
Todos os anos na Grécia, no dia 17 de novembro, jovens e estudantes do país saem às ruas para comemorar a Revolta da Universidade Politécnica que, em 1973, enfrentou a junta militar que governava o país. Este ano, o governo da Nova Democracia liderado por Mitsotakis proibiu qualquer manifestação dentro dos marcos da nova quarentena imposta frente à chamada segunda onda da pandemia. Como em todos os países, esta medida reacionária, longe de proteger a saúde da população, serve para defender os sistemas de saúde da burguesia do colapso, sistemas que foram desmantelados pelas políticas de ajuste aplicadas pelo imperialismo diante da crise do 2008 e até mesmo antes. No caso da Grécia, o ajuste foi imposto pela Troika (UE, FMI, BCE) através de uma série de memorandos, o último dos quais garantido pelos governos de Syriza e Tsipras.
A verdadeira face da quarentena é a repressão exercida contra a juventude no dia 17 de novembro, com milhares de policiais nas ruas de Atenas para garantir a ordem e a estabilidade das instituições do Estado diante da crise social e econômica que atingiu o país, e impedir a mobilização da classe trabalhadora, especialmente dos setores juvenis, e do corpo discente. A repressão policial não se limitou à capital e foi desencadeada em todas as grandes cidades. Em Ioannina, a noroeste, os antimotins atacaram um grupo de estudantes, com o saldo de vários feridos, 30 presos e 23 estudantes processados sob várias acusações, incluindo vários militantes da OKDE (Organização dos Internacionalistas Comunistas Gregos).
Somos solidários aos estudantes e a juventude, que na Grécia, enfrentam as políticas antioperárias da UE, do FMI e do seu próprio governo frente à crise, medidas que pretendem impor através da mais crua e brutal repressão. Colocamo-nos à disposição dos jovens e companheiros da OKDE para impulsar uma campanha internacional pela retirada dos processos dos 23 alunos de Ioannina. Lutamos pela unidade internacionalista da vanguarda da classe operária em todo o mundo, através de um debate sobre os métodos, o programa e a organização internacional que necessitamos, que para nós é a IV Internacional reconstruída, para que a nossa classe possa impor uma solução operária e revolucionária para a crise capitalista que atravessa o mundo.
Abaixo as medidas repressivas do Estado grego e do governo Mitsotakis!
Pela retirada dos processos dos 23 alunos de Ioannina!
TRQI - Tendência para a Reconstrução da Quarta Internacional