
TRCI-web
A 85 años del asesinato de Trotsky se impone completar las tareas que nos dejó planteadas
En sus últimos años de vida el gran revolucionario León Trotsky se empeñó en dejar sentadas las bases de una nueva internacional para la revolución socialista mundial, la IV, en su combate a la contrarrevolución de Stalin y la decadencia de la III. Ocupado en ello lo encontró, el 20 de agosto de 1940, el agente del estalinismo que le asestó el golpe mortal. Sin embargo, la historia no es obra de individuos aislados, ya sean héroes o villanos, por lo que la lucha de clases -por lo tanto, la lucha por la revolución socialista mundial- no se detuvo y la tarea que él dejó inconclusa quedó planteada como punto de partida para las siguientes generaciones de revolucionarios.
Desde entonces, la incipiente IV Internacional debió enfrentar enormes dificultades, sometida a las enormes presiones de una situación mundial de posguerra altamente novedosa y contradictoria, luego de la irrupción de la Revolución Rusa y el Estado Obrero, hechos que cambiaron el curso de la historia para siempre. El curso de adaptación a las instituciones de la democracia burguesa y las concepciones oportunistas de muchas corrientes que se reivindican trotskistas a nivel internacional se tornó un obstáculo para la perspectiva revolucionaria.
A 85 años de la desaparición física de nuestro principal dirigente, la crisis del sistema capitalista se profundiza cada vez más. Es tarea de los revolucionarios del siglo XXI recuperar el método legado por él y partir de la sistematización de su experiencia revolucionaria para continuar la lucha por el comunismo, combatiendo a nuestros enemigos de clase. Nuestro desafío se presenta hoy con enorme claridad: saldar la crisis histórica de la humanidad, que es la crisis de la dirección revolucionaria del proletariado.
Por la refundación de la IV Internacional
Desde la TRCI discutimos en nuestro reciente Congreso la necesidad de dar pasos concretos en este sentido e intentamos aportar desde la comprensión de esta compleja situación de decadencia imperialista, signada por un proceso de recesión de la economía mundial; la guerra entre Rusia y Ucrania, dos ex Estados Obreros; el avance de China en la economía mundial, otro ex Estado Obrero, y el desarrollo de un genocidio en Palestina. Las tendencias hacia una guerra generalizada se agudizan, pero no tendrá las características de las dos guerras mundiales anteriores. En este caso sería una guerra mundial en una fase de descomposición del imperialismo y de rapiña por definir cómo se integran los ex Estados obreros en proceso de asimilación. La situación está signada por una ruptura del equilibrio inestable, en la que seguro se abrirán procesos de lucha de clases más agudas. Debemos intervenir en las filas del proletariado con un programa transicional que plantee una salida revolucionaria a la masacre a la que pretenden llevarnos el imperialismo y sus aliados.
Es vital discutir de cara a las tendencias que reivindican la dictadura del proletariado para avanzar en la reconstrucción de la IV Internacional. Es necesario desarrollar una minoría revolucionaria organizada dentro del movimiento obrero para llevar adelante la tarea de la lucha programática por la revolución socialista. Desde la TRCI reivindicamos que es desde el programa de la IV Internacional, a partir de la sistematización y generalización de la experiencia de la Revolución Rusa que nos dejó Trotsky para seguir desarrollando la lucha por la revolución mundial en la época imperialista.
FRENTE AO TARIFAÇO, BRASIL SEGUE COMO TESTA DE FERRO DO IMPERIALISMO
A relação econômica e política entre os Estados Unidos e o Brasil entrou, em 2025, em uma fase de turbulência sem precedentes, marcada por uma agressiva imposição de tarifas americanas sobre produtos brasileiros. Em 9 de julho de 2025, Donald Trump anunciou a intenção de aplicar tarifas abrangentes de 50% sobre "todos e quaisquer produtos brasileiros" importados para os EUA, com entrada em vigor em 6 de agosto.
Esta medida representa não apenas é uma escalada drástica em relação a tarifas anteriores, mas, um passo concreto no avanço da política econômica dos EUA baseada em um forte protecionismo, para uma recuperação da sua hegemonia na América Latina, sob o argumento de conter toda escalada do discurso da desdolarização das transações comerciais, sobretudo entre os países que integram os BRICS e num momento de ampliação da presença chinesa na região.
A ascensão do bloco BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul) é percebida como um problema à hegemonia imperialista liderada pelos EUA. Os BRICs buscam, ao menos em discursos, reformar as instituições financeiras internacionais e construir novas alianças para um “mundo multipolar”. Uma das suas iniciativas centrais é a redução da dependência do dólar e a criação de mecanismos de comércio e crédito em moedas locais, uma “ameaça direta” ao poder do capital dos EUA. A 17ª Cúpula do BRICS (Rio de Janeiro, julho de 2025) reafirmou o compromisso com o multilateralismo e a soberania digital, defendendo uma governança da IA centrada na ONU, com participação do Sul Global. As tarifas dos EUA contra o Brasil podem ser interpretadas, dessa forma, como uma resposta punitiva à tentativa de protagonismo do Brasil nessa agenda dos BRICS.
Contudo, para se compreender os desdobramentos das sobretaxas dos EUA, é fundamental recorrer à Trotsky e a sua análise acerca da forma de dominação que caracteriza as semicolônias Latino-americanas, ou seja, não há como avançar na análise do tarifaço contra o Brasil sem levar em consideração o que Trotsky denominou de Bonapartismo suigeneris, isto é, uma forma especial de poder estatal, ou seja, uma forma particular de dominação dentro das relações interestatais, marcando, na fase imperialista do sistema capitalista, a preponderância do capital estrangeiro nas semicolônias.
O bonapartismo sui generis na América Latina, portanto, expressa uma relação específica entre o imperialismo norte-americano e sua política concreta na região, a relativamente débil burguesia nativa e o relativamente poderoso proletariado e suas organizações. Este método permite compreender desde o começo as particularidades de cada processo e é dessa forma que se delineia o caráter de testa de ferro do imperialismo dos governos no Brasil e a Frente Ampla burguesa não escapa à norma. Justamente por esse caráter, que torna possível ao imperialismo impor as maiores taxas até o presente momento, em relação a qualquer outro país, e avançar no seu disciplinamento na região, inclusive dando a elas um propósito político ao defender Bolsonaro, interferindo diretamente no processo judicial e no debate das próximas eleições. Todavia, numa perspectiva mais ampla a guerra tarifária de Trump expressa-se também como a mola propulsora da aceleração da decomposição imperialista, somando-se às tendências bélicas em curso. Se não se considera esses elementos, envereda-se por perigoso atalho, isto é, localizarmos o debate no campo da uma crise da soberania, logo de uma luta anti-imperialista em defesa do Estado burguês, sem o corte de classe e um programa de defesa dos trabalhadores e é exatamente isso que fazem as correntes reformista e centrista de plantão.
Para justificar o avanço dessa política, Trump reforça o uso de retórica em defesa da “liberdade de expressão” para proteger suas Bigtechs. Os EUA tentam impedir que o Brasil estabeleça marcos regulatórios que seriam uma cunha no poder de controle e de acumulação das gigantes do setor. A administração dos EUA acusa "ataques do Brasil às empresas americanas de mídia social" e decisões do Supremo Tribunal Federal brasileiro que desfavorecem as plataformas norte-americanas, enquadrando-as como minando os "direitos fundamentais de liberdade de expressão". Isso se alinha com uma política mais ampla dos EUA de resistir e proteger os interesses de acumulação de capital no domínio digital. Cabe não esquecer que o próprio Trump é dono de uma dessas empresas, a Truth social. A investigação da Seção 301 do USTR (Escritório do Representante Comercial dos Estados Unidos) contra o Brasil abrange desde tarifas preferenciais injustas e aplicação anticorrupção até a proteção da propriedade intelectual, acesso ao mercado de etanol e desmatamento ilegal, revelando uma profunda politização da política comercial dos EUA, que transcende as preocupações meramente comerciais.
Com a tática da guerra comercial, o governo de Trump, busca reafirmar, portanto, o controle dos EUA sobre sua histórica zona de influência, a América Latina, e pôr um freio nos arroubos da política externa de Lula, para que assim não se desgarre de sua subserviência histórica e caia no colo de Xi Jinping. Isso somado às sanções Magnitsky ao Judiciário brasileiro, centradas na figura do ministro do supremo Alexandre de Moraes, aponta para além da tentativa de proteger os interesses das Bigtechs, erguer as garras sobre outros focos de negociação, ou seja, o forte interesse do imperialismo na segunda maior reserva global de terra raras, e no potencial hídrico e energético para a instalação de mega processadores para o funcionamento e expansão das IAs, elementos centrais na disputa com Pequim.
A política comercial do "American First" de Trump condensa um desvio acentuado de décadas de liberalização do comércio global e acordos multilaterais. O plano arriscado de Trump tenta de forma escancarada enfrentar as crises do equilíbrio instável do capitalismo do pós-guerra, "organizando" essa destruição a partir do peso, econômico e político-militar, do imperialismo norte-americano, todavia em sua fase decadente. Busca reconfigurar os monopólios para seus objetivos imperialistas, uma questão que é complicada pela transnacionalização do capital. Como afirmado por Clausewitz, a guerra é a política por outros meios, e, embora não seja ainda um conflito militar deflagrado, esta "guerra tarifária" indica consequências devastadoras para a classe trabalhadora. A elevação das tarifas em níveis não vistos desde a década de 1930 não é um evento isolado, mas um sintoma do aprofundamento de tendências abertas desde a crise econômica a partir de 2008.
Caracterizada; por uma abordagem protecionista agressiva e unilateral, com a taxa média de tarifas efetivas nos EUA atingindo 18,2%, o nível mais alto em quase um século; a retórica do MAGA prometia uma "pequena perturbação" centrada na recuperação da indústria norte-americana, mas a realidade se mostrou muito mais complexa e disruptiva. Os EUA expressam visivelmente a decomposição mais geral do sistema capitalista e suas formas de dominação, que entraram em crise em 2008 e foram exacerbadas pela pandemia. O imperialismo ianque não pode resolver o declínio hegemônico mundial com seu belicismo e agora política comercial. Os analistas burgueses estão começando a se perguntar com mais insistência se os EUA estão enfrentando as medidas do governo Trump diante de um avanço ou de um retrocesso extraordinário.
A economia dos EUA demonstra sinais claros de desaceleração, com lucros de diversos setores em declínio e o mercado de trabalho deteriorado, com ampla precarização e salários estagnados. O crescimento do PIB real de 3,0% no segundo trimestre de 2025 é considerado enganoso, atribuído principalmente a uma forte queda de 30% nas importações (um artefato estatístico), e não a uma força econômica genuína. Dados mostram uma desaceleração significativa no consumo e um acentuado declínio no investimento no setor privado.
Além disso, o mercado de trabalho dos EUA apresenta atualmente o pior cenário desde a crise pandêmica, com o crescimento de empregos caindo para 73.000 em julho e demissões em alta. O setor produtivo, em particular, perdeu 116.000 empregos no último ano. A inflação permanece persistentemente próxima de 3%, acima da meta do Federal Reserve, e os salários reais estão estagnados, corroendo a condição objetiva de vida dos trabalhadores. Essa combinação de crescimento lento, inflação persistente e um mercado de trabalho enfraquecido aponta para a estagflação. O boom do mercado impulsionado pela IA é visto como insustentável e financiado por empréstimos não regulamentados, adicionando uma camada de risco sistêmico à economia. As tarifas, portanto, são uma política para exportar as contradições internas do capital nos EUA. Esta conjuntura intensifica a luta de classes e as tendências de agudização das disputas interburguesas e das tensões no imperialismo e as semicolônias.
As tarifas sobre as exportações brasileiras entrelaçam, portanto, as contradições internas da dinâmica da economia estadunidense e com a crise política interna no Brasil, especialmente os desdobramentos políticos relativos à tentativa de golpe, uma ação reacionária da pequena burguesia, envolvendo Jair Bolsonaro. As justificativas oficiais para essa ofensiva são variadas, como já dito, mesclando preocupações comerciais com motivações políticas explícitas. O governo ianque alegou uma "relação comercial muito injusta" com o Brasil e a necessidade de "tratamento recíproco". No entanto, essa premissa econômica é diretamente contraditada por dados oficiais e pelo governo Lula: os Estados Unidos têm historicamente e consistentemente mantido um superávit comercial significativo com o Brasil, totalizando cerca de US$ 410 bilhões nos últimos 15 anos em bens e serviços, e US$ 7,4 bilhões apenas em 2024. Essa contradição fundamental sugere que a justificativa econômica é um pretexto mal disfarçado para motivos políticos mais profundos.
Trump vinculou explicitamente a imposição da tarifa ao processo judicial contra seu aliado, o ex-Presidente Jair Bolsonaro; motivado pela atuação direta e em loco de Eduardo Bolsonaro, com trânsito livre entre os setores Trumpistas e o MAGA de Steve Bannon; descrevendo-o como uma "caça às bruxas" e exigindo seu fim imediato. Bannon, ao se reaproximar de Trump, declarou abertamente a condição: "Se você encerrar o processo e retirar as acusações, as tarifas desaparecem". Isso representa um uso exclusivo na dinâmica da Guerra comercial e de sanções comerciais como ferramenta de coerção política direta, sob o pretexto de defender um aliado no exterior.
As projeções econômicas para o Brasil podem ser severas. Economistas estimam que as tarifas de 50% poderiam reduzir o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil entre 0,3% e 0,8% em 2025, com perdas anuais de exportação variando de US$12 bilhões a US$17 bilhões. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) estimou uma queda de R$ 52 bilhões nas exportações e a perda de 110.000 empregos no curto prazo, enquanto a Fiemg projeta uma perda de R$ 175 bilhões e a perda de 1,3 milhão de empregos no longo prazo, que pode chegar a quase 2 milhões de vagas, caso o Brasil retalie. Setores estratégicos como aço e alumínio, café e carne bovina (com taxas de 50% confirmadas) serão duramente atingidos. O setor de calçados pode perder 8 mil empregos diretos, e o de pescados enfrenta uma "onda de falências". O setor aeroespacial, com a Embraer, também é altamente vulnerável, com 45% a 70% de suas exportações para os EUA.
A "inviabilidade" de vender para os EUA forçará indústrias dependentes de mão de obra barata ao colapso, intensificando a superexploração do trabalho e empurrando mais trabalhadores para a informalidade e a precarização, resultando em queda dos salários, endividamento e um aumento da pobreza e insegurança alimentar, em meio ao alarido pela retirada do Brasil do mapa da fome. As tarifas, portanto, não são apenas um choque externo, mas um ato deliberado que será utilizado pela burguesia nacional e pelo governo para desmantelar ainda mais direitos e condições objetivas de vida dos trabalhadores.
As tarifas, no entanto, são uma "faca de dois gumes" e nos EUA, os trabalhadores podem esperar custos aumentados para produtos básicos como café, suco de laranja e carne bovina, com aumentos potenciais de 20-30%. Indústrias americanas que dependem de celulose, ferro-gusa e outros insumos brasileiros também enfrentarão escassez e custos mais altos. O Yale Budget Lab (Laboratório de orçamento de Yale) estimou um aumento de 2,1% nos preços ao consumidor no curto prazo, resultando em uma perda média de renda familiar de US$2.800 em 2025. As famílias de baixa renda seriam desproporcionalmente afetadas. Analistas confirmam que são "as empresas e consumidores dos EUA que estão financiando essa fonte de receita" das tarifas, refutando diretamente a afirmação de Trump de que países estrangeiros as pagam.
A resposta do Brasil tem sido uma busca de abertura de diálogo capitaneado por Geraldo Alckmin, que internamente abre conversa com os mais variados setores da burguesia nacional. O governo avança com a preparação para contramedidas, inclusive de socorro, pela manutenção dos lucros, para os setores burgueses afetados. O governo Lula classificou as medidas como "chantagem inaceitável" e "grave ataque à soberania brasileira". O país promulgou e regulamentou a Lei de Reciprocidade Econômica, que permite a suspensão de concessões comerciais, investimentos e obrigações de propriedade intelectual em resposta a medidas unilaterais, o que ainda não se efetivou. Fato é que as negociações seguem estagnadas, mas enquanto a subida de tom se escala em ambos os lados, Trump enuncia um recuo, voltando atrás e zerando as taxas de mais de 700 produtos, aos quais dependem quase que exclusivamente do fornecimento brasileiro, muito em função da pressão de setores da burguesia norte-americana atingidos. O que revela o centro político do tarifaço em relação à economia.
Além disso, o Brasil também recorre à Organização Mundial do Comércio (OMC), argumentando que tarifas arbitrárias violam os princípios centrais da organização e constituem uma "mudança extremamente perigosa para o uso de tarifas como ferramenta para interferir nos assuntos internos de terceiros países". No entanto, o mecanismo de solução de controvérsias da OMC está ineficaz desde 2017 devido ao veto dos EUA à nomeação de juízes para o Órgão de Apelação, essencialmente "blindando os EUA da responsabilização internacional". Esta paralisia não é acidental, mas uma escolha deliberada dos EUA que mina a ordem baseada em regras multilaterais, quando ela não serve aos seus interesses. Evidencia a falência dos órgãos e organismos internacionais da burguesia que sustentaram a ordem econômica edificada pelo próprio imperialismo no pós-guerra.
Esse cenário amplifica a crise política da Frente Ampla burguesa Lula/Alckmin. Efetivamente, são os EUA disciplinando uma semicolônia em seu pátio traseiro, reafirmando a velha doutrina Monroe, sentenciada como extinta por John Kerry, em 2013, quando secretário de estado do governo de Obama. Esse conflito condensa-se com o teatro das eleições, em que o governo brasileiro busca consolidar sua imagem de defensor da soberania nacional, um discurso historicamente caro à esquerda e à sua base eleitoral. Tal situação serviu para politicamente tirar Lula das cordas, desde o início do ano, nos embates com o centrão acumulou derrotas e reveses caros à sua estratégia para um quarto mandato.
Ao classificar a ação como uma "agressão" à soberania e uma "ingerência" sobre os poderes brasileiros, especialmente após a suspensão de vistos de ministros do STF, o governo reforça uma retórica nacionalista. Lula, em pronunciamentos públicos, têm reforçado que "o Brasil tem um único dono: o povo brasileiro", contrastando com o bolsonarismo, que tem atuado em território americano, a favor dos interesses americanos. Essa narrativa agudiza a polarização entre o governo e a oposição, especialmente as alas bolsonaristas, que são vistas como alinhadas a Trump e, portanto, como "traidores da pátria".
Para Lula e o PT, essa crise é uma oportunidade única para reverter a tendência de baixa popularidade. Um embate com uma figura como Trump permite que o governo se posicione como protetor dos empregos e da economia nacional, que objetivamente significa defender setores do agro e indústrias impactadas. Paralelamente, o discurso de soberania é habilmente conectado à proteção de elementos estratégicos como o PIX e às reservas de terras raras, reforçando a ideia de que o Brasil precisa de autonomia tecnológica e econômica. O que cai por terra, pois frente a pressão das várias frações burguesas por negociação, já se considera renunciar aos minerais críticos.
Essa estratégia tem funcionado, com pesquisas indicando uma recuperação na popularidade de Lula, embora a desaprovação de seu governo ainda seja significativa. O fato é que as eleições de 2026 já estão postas e a aposta do Planalto é que a crise se arraste, mantendo o tema de soberania em pauta até as eleições de 2026, solidificando a imagem de Lula como um líder capaz de defender o país de ameaças externas.
Frente a esse momento, mais uma vez as direções políticas e sindicais dos trabalhadores, cumprem o papel de blindagem e da política do governo, adotando o discurso de Lula em nome da “defesa da soberania”. Está mais do que claro que todo movimento é orquestrado visando a disputa eleitoral do ano que vem. Fato é que a Frente Ampla governa para a burguesia e defende seus interesses e não é de agora que o Brasil reza a cartilha do imperialismo. Em última instância, o centro da análise se impõe, e não há como avançar sem corte de classe. Apesar de se apresentar como guardião dos interesses nacionais, o governo trabalha única e exclusivamente para construir saídas às empresas, em sua maioria dirigidas pelo capital de multinacionais, o que concretamente revela o grande teatro que se levanta junto ao tarifaço.
Portanto, ante o cenário recessivo, inflacionário e de aprofundamento das crises decorrente dessa conjuntura, os limites das lutas dos trabalhadores esbarram na crise de direção revolucionária que se acentua na condução das direções reformistas e burocráticas agindo como muro de contenção das lutas políticas contra o capital e seus agentes. A tarefa que apresentam ao conjunto da classe, mais uma vez, é derrotar o bolsonarismo e obviamente nas urnas. Novamente, a realidade expõe o limite da Frente Ampla burguesa Lula/Alckmin, ao pactuar com o agronegócio, com as Federações industriais (Fiesp, Firjan e Fiemg) e o capital financeiro. Na sua relação com o imperialismo, o Brasil seguirá refém de uma ordem global que avança nas tendências bélicas. A pergunta que permanece é até quando o movimento de massa seguirá sem enfrentar essa Frente Ampla.
Diante da política imperialista do tarifaço sobre os bonapartismos sui generis, defender a soberania nacional nos marcos do capitalismo, é defender o Estado burguês e suas formas de dominação. Para além da luta anti-imperialista como retórica centrista vinculada às exigências ao Estado Burguês, é fundamental encampar uma batalha em cada organização de classe com base nas premissas do Internacionalismo. Os trabalhadores norte-americanos devem erguer o enfrentamento ao governo Trump e à sua reação imperialista e sua guerra tarifária, porque isso significará um redesenho da relação capital-trabalho, traduzindo-se em uma maior exploração da força de trabalho.
Em unidade ao proletariado dos EUA, se faz primordial a batalha nos sindicatos por um programa operário, com a realização de assembleias que exijam das centrais sindicais a realização de um congresso de delegados eleitos pela base para a construção de um plano de lutas dos trabalhadores para a construção da Greve Geral, como combater e enfrentar para a crise econômica e contra as políticas de turno sejam imperialistas e nos bonapartismos sui generis. Avançando com independência de classe e com os métodos historicamente experimentados.
Para pôr em ação essa tarefa, é primordial forjarmos uma liderança revolucionária, uma vanguarda da classe trabalhadora. Para tanto, se faz necessário convocarmos uma conferência internacional das correntes trotskistas que ainda defendem a ditadura do proletariado para avançar com as tarefas diante da situação mundial.
Libertad a los Presos por Luchar
Prisión Política en Chile.
Por Carlos Reyes
Desde la existencia de la sociedad de clases, los sectores dominantes han utilizado la prisión como instrumento de escarmiento para quienes transgreden las normas de su ordenamiento legal, el que siempre se ha impuesto a punta de sangre y fuego.
Pero sin duda los opresores se han esforzado mucho más en la coerción cuando la alteración de su orden viene desde los oprimidos y con un contenido político en su contra.
Así ha sido desde la antigüedad, y en la actualidad, en que corren tiempos de descomposición avanzada del imperialismo, es evidentemente mayor.
De esta realidad no escapa nadie quien esté bajo un régimen burgués, que es el que rige o condiciona en todas las naciones del mundo. Sin excepción, aunque sus gobiernos se muestren con ropajes de “izquierda” o que por cuidar sus privilegios discrepen con las potencias mundiales.
Acá en Chile con el regreso de la democracia burguesa, tras el pacto entre la extinta Concertación (padres políticos de quienes gobiernan hoy) y la dictadura genocida de Pinochet, la situación de la prisión política se ha sostenido con mucha fuerza, por más que desde el Estado y sus aparatos se esmeren en ocultarla y darle un carácter exclusivamente “jurídico” a las sanciones.
Desde los 90’ miles de luchadores sociales, desde conflictos sindicales, movilizaciones estudiantiles, espacios políticos en poblaciones y comunidades Mapuches en resistencia, entre otros, se han visto enfrentadas a la justicia patronal chilena. Hostigamientos cotidianos, allanamientos abusivos, juicios eternos, prisiones preventivas extensas y condenas desproporcionadamente largas son la norma en este régimen.
Boric, al igual como hizo el 15 de noviembre del 19’, se esfuerza con su coalición de gobierno por sostener el régimen tal cual como lo impuso “la transición”, es decir, atado a los designios del imperialismo económico, a la (sub) burguesía nacional y a los contextos parlamentarios. Y en esa línea también mantener y reforzar los aparatos represivos contra quienes luchan por fuera de sus márgenes institucionales.
Dentro de ese panorama nacional, la prisión política es una de las armas más letales del (semi) estado burgués chileno que mantiene este instrumento de represión con similar carácter que el de la dictadura.
Mauricio Norambuena, ex combatiente contra Pinochet y quien además venció la prisión política en su fuga junto a sus compañeros desde la cárcel de alta seguridad el año 95´, está recluido con un estricto y absurdo régimen, a pesar de estar en una grave condición de salud. Héctor Llaitul, constantemente encarcelado por combatir desde las comunidades Mapuche en resistencia a las forestales y gobiernos racistas, ha sufrido irregulares juicios y, por lo mismo, ha sido condenado a más de 20 años, al igual que su hijo Pelentaro, joven luchador que arriesga el resto de su vida en prisión.
Y así son cientos de casos en la actualidad y todos merecen de nuestro respeto y solidaridad activa, aunque provengamos de otros espacios políticos de la izquierda revolucionaria, porque si bien podremos tener alejadas tácticas y estrategias ellos son víctimas de nuestro mismo enemigo, el capital y su estado.
Es necesario visualizar aún más su situación y pensar la perspectiva de organizar una movilización general para luchar por su liberación.
Los sindicatos, centros de estudiantes y todos los espacios de lucha contra el capital deben levantar la demanda de la libertad incondicional de todos los presos políticos porque solamente desde ahí y con independencia de clase podremos arrancar a los compañeros y compañeras de las cárceles.
Desprocesamiento de todos formalizados por luchar.
Libertad inmediata e incondicional de todos los presos políticos.
Por una movilización general desde los sindicatos, centros de estudiantes y organizaciones en lucha para conseguir la libertad de todos los presos políticos.
Muerte, subcontratación y negligencia en Codelco
Ni Un Muerto Más. Impongamos nuestras condiciones de seguridad
Durante la jornada de la tarde del jueves en la mina el Teniente de Codelco, en el sector del “proyecto Andesita”, se produjo un colapso producto de un “sismo” de mediana intensidad dejando un trabajador fallecido, varios heridos y 5 trabajadores desaparecidos, encontrando uno de ellos fallecido hasta el momento.
Todos pertenecientes a empresas subcontratistas. Paulo Marín, el trabajador fallecido, pertenecía a Salfa Constructora y el resto a la empresa Gardilic.
Según lo trascendido el “sismo” sería de origen NO natural, producto de actividades de perforación de la minera.
Lo cierto es que Codelco reunió a su directorio suspendiendo el informe de resultados de la cuprífera, donde iba a exponer los “éxitos” del aumento de un 33% del volumen de producción del Teniente, y tuvo que dedicarse a convocar equipos de rescate.
En la última década el Teniente registra 6 muertes obreras, una de las cuales fue de la misma Salfa. En lo que va del año en la minería se cuentan 11 las muertes obreras en distintas faenas.
El 70% de los trabajadores de Codelco se encuentran en condiciones de subcontratación. Esto significa no solo peores salarios, sino condiciones laborales y en particular de seguridad paupérrimas.
Codelco, por medio de sus ejecutivos impone el standart de explotación de la minería, lo que incluye sus programas de reducción de costos y de expansión en momentos en que se intensifica la pelea por recursos a nivel internacional.
Ese mismo directorio con Máximo Pacheco a la cabeza, que hoy sale a rasgarse las vestiduras de poner todos los recursos a disposición, es el que ha presionado por expandir los proyectos mineros y reducir los costos, a costa de la seguridad y finalmente la vida de los trabajadores.
De la misma forma se persigue y se despide a los trabajadores subcontratados que intentan levantar sindicatos o se los deja en la irrelevancia.
Los trabadores subcontratistas de Codelco supieron dar importantes luchas en décadas recientes por mejores condiciones y por el fin de la subcontratación. El pasado 24 de julio conmemoramos el décimo año del asesinato del trabajador Nelson Quichillao por parte de carabineros contra un piquete de huelga, enviado a reprimir por entonces gobierno de Bachelet, asesinato que sigue en la impunidad.
Ante esta negligencia patronal, es necesario colocar todos los recursos disponibles para el rescate con vida de los mineros desaparecidos. También necesitamos levantar una comisión investigadora independiente de la patronal. NO podemos dejar en manos de fiscales del mismo estado y de los directivos que maquillan constantemente las cifras de accidentabilidad la búsqueda de la verdad de los hechos.
Necesitamos elegir delegados inspectores obreros de seguridad en cada faena y lugar de trabajo. Imponer organizaciones sindicales y poner a la cabeza a trabajadores decididos a poner fin a la subcontratación junto a la imposición de las medidas de seguridad necesaria paralizando todas las faenas, imponiendo el control obrero de toda la producción minera.
Codelco es el responsable, el Estado es el responsable, los directivos son los responsables
Tesis del III Congreso de la TRCI
Descargar las tesis del III Congreso de la TRCI en PDF
LOS METODOS DE LUCHA PROLETARIOS SON EL CAMINO PARA TERMINAR CON EL GENOCIDIO Y LA GUERRA
El día sábado 28 de junio se realizaron en Valparaíso una serie de actividades de solidaridad con el pueblo Palestino y contra del genocidio que lleva adelante el enclave israelí.
La convocatoria estuvo a cargo de la coordinadora por Palestina, y comenzó con un mitin en el muelle Prats, donde concurrimos junto a organizaciones que solidarizan con la causa Palestina, organizaciones de izquierda, y trabajadores portuarios, para continuar con una funa a la embarcación de la empresa naviera MSC que traslada contenedores con insumos para la maquinaria de guerra de Israel, posteriormente las actividades concluyeron con un acto político cultural.
Acá como a nivel mundial se han dado manifestaciones de solidaridad con el pueblo palestino y su resistencia contra la agresión genocida de Israel y el imperialismo que busca el exterminio total o la expulsión de los palestinos en Gaza. Las tendencia guerreristas del imperialismo, donde el imperialismo norteamericano pretende fortalecer su debilitada hegemonía mundial, busca disciplinar a las burguesías de los países semicoloniales, así como a la protoburguesía y burocracia de los exestados obreros en proceso de asimilación.
Es importante frenar la maquinaria bélica del enclave y del imperialismo con los métodos de la clase obrera, con la paralización de los puertos, impidiendo la carga y descarga, en definitiva el zarpe los buques con insumos para el enclave israelí. Buenos ejemplos han dado los trabajadores portuarios de Iquique agrupados en Federación de Sindicatos Marítimos Portuarios (Fetrapi) con sus llamados a la solidaridad con métodos obreros, planteando el boicot, bloqueos de puertos y la paralización como lo han hecho los obreros portuarios en distintas partes del mundo como Estados Unidos, Francia, Italia, etc.
Se hace necesario impulsar y redoblar la campaña con acciones más contundentes en contra del genocidio en Palestina mediante métodos de la clase obrera, la única clase que puede darle una salida progresiva para las masas trabajadores del mundo, ante la situación mundial de un capitalismo en descomposición.
Por la solidaridad del proletariado mundial con las masas palestinas y del medio oriente
Viva la resistencia Palestina
Por la destrucción del enclave de Israel
Por una Federación de Repúblicas Socialistas del Medio Oriente y el Magreb
Por la revolución socialista mundial
Cuba: lucha estudiantil en el marco de una asimilación tortuosa
A comienzos del mes de junio los estudiantes universitarios cubanos iniciaron un plan de lucha en protesta contra el incremento de las tarifas de acceso móvil a Internet en la isla. En su declaración, plantearon que estas medidas perjudican la justicia social y aumentan las brechas sociales al limitar el derecho a la comunicación, recurso esencial para estudiantes y profesores. Es importante que los sectores estudiantiles que están luchando en todo el continente contra los ajustes de sus gobiernos levanten la solidaridad con ellos.
Esta lucha expresa el enorme descontento que se vive en Cuba ante una tendencia decadente del régimen, que el gobierno de Díaz Canel no puede revertir. Desde el 11 de julio de 2021, fecha considerada como un punto de quiebre entre un sector de masas de la sociedad cubana y el régimen de gobierno, el malestar social y la miseria no han parado de crecer. La raíz de estos movimientos se encuentran en la declinación de las condiciones de vida de las grandes mayorías de trabajadores cubanos. La única respuesta de Díaz Canel es una línea dura de represión contra las protestas. La dirección contrarrevolucionaria al frente del gobierno no puede encontrar una línea “amigable” para la asimilación de la economía cubana al decadente sistema imperialista. A la debacle imperialista se le sumó el desorden generado por la pandemia a nivel mundial y la falta de claridad del imperialismo en su línea hacia Cuba. Y puertas adentro, se acentúan las tendencias al caos capitalista ante la debilidad de la burocracia del Estado para dirigir, lo que es acentuado por la propia debilidad de la estructura económica de la isla. La descomposición imperialista dificulta la asimilación, lo que agrava la descomposición y las tendencias al enfrentamiento entre las fuerzas sociales.
En 2025, se están profundizando las tendencias hacia una guerra generalizada o hacia una nueva guerra mundial, que no será con las características de las dos guerras mundiales anteriores, ya que se daría en una fase de descomposición del imperialismo, y la rapiña sería por definir cómo se integran los ex Estados obreros en proceso de asimilación. En este escenario, Cuba se encuentra vulnerable a ser arrastrada a la conflagración, generando más penurias para la clase obrera cubana.
Es urgente la intervención del proletariado de toda América
Es importante desarrollar la solidaridad internacional con los trabajadores cubanos, contra la represión, por la libertad de los presos políticos y contra el bloqueo yanki, pero los revolucionarios debemos ser categóricos en el planteo de que las fuerzas que se enfrentan en Cuba superan los límites nacionales y se dirimen en la arena mundial. No se trata de desarrollar un programa democrático para llevar las demandas de las masas hacia una solución desde el Estado (nacional) con reformas más o menos “radicales”, se trata de regenerar las bases de la revolución cubana con la extensión de la revolución en la región y la instauración de la dictadura proletaria bajo una dirección revolucionaria.
En un escenario que se acerca cada vez más a la guerra, la clase obrera debe ser consciente de que el enfrentamiento es entre revolución y contrarrevolución. Para colaborar en la tarea de poner en pie una dirección revolucionaria capaz de enfrentar a las direcciones imperialistas y de la burocracia del PC en Cuba, es necesaria la intervención del proletariado de Estados Unidos, América Latina y el Caribe. La lucha por la dictadura del proletariado no puede concretarse en las estrechas fronteras de ningún país americano, sino que adquiere su forma política en la Federación de Repúblicas Socialistas de América.
Para llevar adelante esta tarea, los revolucionarios debemos pelear en el seno de los sindicatos para que la clase obrera salga a la acción con objetivos claros: ¡Abajo el bloqueo imperialista! El desarrollo de la lucha de la clase obrera en Estados Unidos, tanto la clase obrera nativa como la de origen migrante, está indisolublemente ligado a la la pelea contra la orientación guerrerista el imperialismo para tratar de saldar su decadencia histórica, de la que el bloqueo a Cuba y las amenazas militares forman parte. Hay que profundizar el programa internacionalista de nuestra clase en el desarrollo de la organización y las acciones de enfrentamiento a la política de Trump de criminalización, persecución y expulsión de trabajadores migrantes, y el derrotismo de la acción imperialista hacia Cuba. Sobre todo en EEUU debemos imponer la apertura de los intercambios con la isla, con nuestros métodos, la ocupación bajo control obrero de puertos, depósitos y fábricas, la toma del control de las flotas mercantes y la expropiación de las mercancías para enviar a Cuba los hidrocarburos, los alimentos, los medicamentos y vacunas que necesitan los trabajadores y el pueblo pobre. ¡No a la intervención militar imperialista! Ante el menor signo de amenaza de llevar adelante una intervención militar, impongamos la huelga en EEUU y el paro y ocupación de todas las empresas de capitales yanquis en la región. ¡Abajo la represión de la burocracia del PCC, libertad a los presos! Debemos imponer que los sindicatos latinoamericanos y de EEUU se pronuncien por la libertad de los luchadores.
Por eso, desde la TRCI proponemos organizar una Conferencia Internacional de las corrientes que nos reivindicamos por la dictadura del proletariado, para debatir la política, las tácticas y el programa para intervenir en la situación con el objetivo de poner en pie una dirección revolucionaria a nivel mundial, es decir, la reconstrucción de la IV Internacional.
III Congreso de la TRCI
Los días 20 y 21 de junio se realizó en la ciudad de Buenos Aire el III Congreso de la TRCI, con delegaciones de la LOI Brasil, COR Chile y COR Argentina.
Tendencias de la situación mundial
En este punto ampliamos algunos elementos de las tesis que se presentaron para el Congreso, avanzando en una caracterización de las tendencias hacia la guerra. La agresión desatada por Israel contra Irán, con la intervención de EE. UU., muestra que estamos presenciando tenencias a una guerra generalizada o hacia una nueva guerra mundial. En la campaña electoral Trump había prometido que iba a frenar las guerras en curso, sin embargo, ha acelerado los procesos. Pero esta nueva guerra no será con las características de las dos guerras mundiales anteriores, que fueron para dirimir qué potencia imperialista sería la que dirigiera el mundo. En este caso sería una guerra mundial en una fase de descomposición del imperialismo, cuya máxima expresión se da en EE. UU., y de rapiña por definir cómo se integran los ex Estados obreros en proceso de asimilación. Sería una guerra igualmente reaccionaria, pero no con las características de guerras inter imperialistas de las guerras anteriores, ya que no definimos a los ex Estados obreros como China y Rusia como imperialistas.
Reafirmamos la definición de ruptura del equilibrio inestable, ya que las instituciones creadas en la posguerra no están cumpliendo ningún rol en las guerras abiertas y los procesos de crisis económicas que se están acelerando.
Definimos que estamos en un proceso de recesión de la economía mundial, agravada por la política arancelaria de Trump y que el conflicto entre Irán e Israel podría traer un encarecimiento del precio del petróleo y derivaría en posibles procesos de aumento de la inflación. Esta situación internacional va a abrir situaciones de lucha de clases más agudas, ya que los diferentes gobiernos deberán prepararse para un escenario de guerra y deberán ajustar su economía, lo que provocará enfrentamientos de clase y debemos intervenir en las filas del proletariado con un programa transicional que plantee una salida revolucionaria a la masacre a la que pretenden llevarnos el imperialismo y sus aliados.
Debates sobre China
También discutimos cómo abordar el debate que está atravesando a gran parte del centrismo en el cuanto al análisis de China. Discutimos intentar recuperar el enfoque metodológico que planteaba Trotsky para analizar las economías en transición después de una revolución: la interacción entre la ley del valor y la ley de acumulación socialista, entre sus conflictos y su armonía. En esta interacción se encuentran los aspectos internacional y nacional en los que operan estas leyes, la relación entre la competencia mundial y los sistemas económicos, por un lado, y, en el plano nacional, la conexión entre economía y régimen. Creemos importante retomar este enfoque, ya que nos permite comprender la dinámica de la ley del valor y sus contratendencias en lugar de analizar los fenómenos revolucionarios sólo desde el aspecto de la ley de acumulación o el desarrollo desigual y combinado, sin apreciar los cambios que produjo en las leyes del capital la intervención consciente de una dirección revolucionaria. La perspectiva del centrismo no tiene en cuenta estas interacciones y toma las leyes del capital de forma abstracta. Varias corrientes que se reclaman trotskistas plantean que ya está restaurado definitivamente el capitalismo en China y algunas incluso plantean que es imperialista. Hasta hay corrientes que dicen que China es un capitalismo suigéneris en vías de ser imperialista. Insistimos en que el proceso de asimilación tanto de China como de Rusia aún no está cerrado y esto dependerá de los procesos de la lucha de clases a nivel nacional e internacional y de la dinámica que tome el enfrentamiento entre revolución y contrarrevolución que se nos plantea ante este escenario.
Brasil
El gobierno de Lula está perdiendo apoyo popular y no tiene recambio electoral, por lo que dificulta aún más su gobernabilidad. Por parte de la oposición burguesa, el bolsonarismo estaría en retirada y están viendo quién ocupa su lugar entre alguna figura del centrão o si puede ser el gobernador de São Paulo, Tarcisio Gomes da Freitas. En estos meses se desarrollaron luchas educativas a nivel nacional, que la burocracia traicionó. Nuestra corriente tuvo participación en esta importante lucha contra la burocracia y logramos ganarnos un lugar destacado en la vanguardia.
Ante el escenario mundial debemos buscar una mayor intervención en el movimiento obrero con una línea internacional e impulsar las tareas para parar el genocidio en Gaza. El gobierno de Lula exporta el 40% del petróleo a Israel, por lo tanto, el proletariado tiene una tarea de peso en la lucha contra esa masacre.
Chile
El gobierno de Boric sigue adaptándose a la agenda de la derecha chilena, lo que permite una avanzada más represiva en los conflictos y posiciona a la oposición burguesa con chances de volver al gobierno. A su vez, el Frente Amplio, surgido como respuesta de la burguesía al movimiento de masas del 2019, ha mostrado rápidamente que es un servidor más de los intereses imperialistas y que está dispuesto a atacar a la clase obrera para garantizarlos. Se han dado luchas obreras en los sectores de la pesca, por ejemplo, pero aisladas por las mediaciones reformistas y la burocracia. Es de vital importancia la agitación revolucionaria y redoblar esfuerzos para organizar a la vanguardia obrera que viene desarrollando experiencias atomizadas para que sea el germen de un partido revolucionario que derrote a la burguesía proimperialista, de todos los colores, y a sus agentes en nuestras filas.
Argentina
Milei ha roto con la tradición diplomática del Estado argentino de “neutralidad” ante los enfrentamientos bélicos y se ha alineado fervientemente a EE. UU. y al enclave de Israel, por lo tanto, la lucha por derrotar la política imperialista en la región está indisolublemente ligada a la lucha por la derrota de Milei, apuntando a desarrollar los métodos obreros en el terreno de la producción para afectar sus intereses.
Mientras se desarrollaba el Congreso aún resonaba la noticia de la prisión de Cristina Fernández de Kirchner y el escandaloso posicionamiento de gran parte del centrismo vernáculo en contra de la “proscripción”. Esto ha mostrado un salto en la adaptación de un sector de centrismo trotskista al régimen burgués.
El llamado a la Conferencia Internacional por la Reconstrucción de la IV Internacional
La situación internacional y las perspectivas de un escenario de guerra pone a los revolucionarios ante tareas históricas trascendentales, de ahí la importancia de discutir de cara a las tendencias que reivindican la dictadura del proletariado para avanzar en la reconstrucción de la IV Internacional. Sin embargo, el curso de adaptación de las instituciones de la democracia burguesa y las concepciones oportunistas de muchas corrientes que se reivindican trotskistas a nivel internacional se torna un obstáculo para esta perspectiva. Seguimos insistiendo en la importancia de desarrollar una minoría revolucionaria organizada dentro del movimiento obrero para desarrollar la imprescindible tarea de la lucha programática por la revolución socialista. En este camino no vemos ninguna utilidad en la realización de eventos autoproclamatorios, donde se pretende ocupar el lugar del mandelismo de la última época, que renegó de la dictadura del proletariado, ni rejuntes de grupos sin acuerdos programáticos con nociones vagas como “nueva internacional”. Desde la TRCI reivindicamos que es desde el programa de la IV Internacional, a partir de la sistematización y generalización de la experiencia de la Revolución Rusa que nos dejó Trotsky para seguir desarrollando la lucha por la revolución mundial en la época imperialista.
Resoluciones
El sábado se aprobaron las tesis propuestas y se votaron las resoluciones. Entre ellas:
-Realizar una campaña de agitación y propaganda planteando las tareas que tiene el proletariado para enfrentar al imperialismo y contra la militarización de los Estados, destacando los métodos obreros y alentando la paralización de la producción para afectar los intereses imperialistas. En este sentido, impulsar acciones, charlas, publicando materiales.
-Redoblar la campaña contra el genocidio en Gaza desde una política obrera, planteando que la salida es la lucha revolucionaria por la Federación de Repúblicas Socialistas de Medio Oriente. Impulsar actividades en frente único con quienes compartan esta perspectiva para denunciar los planes del enclave.
-Publicar las tesis en forma de folleto y presentarlas en las regionales de los grupos.
-Publicar un nuevo número de la revista internacional.
Por la derrota del imperialismo y el enclave de Israel
El sábado 21 de junio, EE. UU. se involucró de forma directa en la guerra que Israel le había declarado el 13/6 a Irán atacando objetivos militares, sitios de logística de transporte nucleares y de petróleo, además del asesinato de varios lideres militares y políticos. Con la operación llamada “martillo de medianoche”, EE. UU. bombardeó instalaciones nucleares de Fordow, Natanz e Isfahan. Dos días más tarde, al cierre de esta nota, la administración Trump anunció un supuesto alto al fuego, que por el momento no ha sido confirmado ni por Israel ni por Irán.
El parlamento iraní recomendó cerrar el estrecho de Ormuz, decisión que toma en última instancia el líder supremo del régimen, el Ayatollah Alí Khamenei. Por ese estrecho pasa el 20% del consumo diario mundial de petróleo, lugar clave para el comercio internacional, sobre todo para Europa, Estados Unidos y también para China. Por lo que, si el conflicto se extiende en el tiempo, las consecuencias económicas a nivel mundial van a ser muy importantes, ya que habrá un aumento del precio del petróleo, eso encarecerá los fletes de mercancías, lo que llevará a un aumento en los precios generales que aumentará la presión inflacionaria en medio de una recesión mundial.
Algunos funcionarios del régimen iraní se reunirán con Putin para buscar reforzar alianzas. Irán sigue atacando con misiles a Israel, lo que está provocando una aceleración de una crisis política al interior del enclave y dudas sobre dónde los está llevando la política de Netanyahu.
Al intervenir, EE. UU. intenta salvar a su socio de Israel y reconfigurar Medio Oriente, en medio de una situación de descomposición del imperialismo norteamericano y de desesperación del enclave imperialista de Israel, que está viendo cómo se resquebraja su poderío en la región. En esta situación mundial estos ataques militares expresan que el imperialismo ya no puede dominar con las instituciones creadas en la posguerra y debe apelar al poderío militar para conseguir triunfos tácticos, pero que abren escenarios de mayor convulsión mundial. Inclusive algunos asesores de Trump le recomendaron no involucrarse, ya que tienen una amenaza mayor en el interior de su país con los conflictos abiertos por la política anti inmigratoria.
Asistimos a una tendencia de guerra generalizada, en la que el imperialismo norteamericano en decadencia pretende mantener su hegemonía mundial sin haber logrado cerrar el desarrollo de una crisis mundial abierta desde 2008. A esto se suman los procesos de asimilación de los ex Estados obreros al sistema capitalista que, como muestra la situación, cada vez se tornan más catastróficos. La ruptura del equilibrio inestable abre un sinfín de procesos políticos y sociales que el imperialismo intenta saldar con preparativos guerreristas y ataque a las masas y a los que nosotros debemos responder con la preparación de procesos revolucionarios, para frenar las tendencias belicistas y dar una salida obrera y socialista derrotando al imperialismo y sus agentes nacionales. Debemos desarrollar una lucha internacional para involucrar a gran parte del proletariado al debate de los problemas internacionales y las tareas que de ellos se desprenden.
Estamos por el triunfo militar de Irán contra el imperialismo y el enclave de Israel, pero no defendemos el régimen iraní; apelamos a la organización independiente del proletariado, que es la única clase que está interesada en derrotar a sus verdugos. Es una tarea central recuperar las consignas antiimperialistas y enfrentar a los regímenes bonapartistas sui generis de Oriente Medio; estas burguesías títeres del imperialismo son traidoras a la causa palestina. Son traidoras a toda idea de liberación nacional, incluso de sus propios países, llevando con sus experimentos de corte nacionalista burgués, ya sean nacionalistas o islámicos, a la total postración al imperialismo, a la represión violenta de los trabajadores y el pueblo pobre y a la descomposición territorial de los semi Estados artificiales creados en la posguerra como vemos hoy en Libia, Siria, Líbano o Irak.
El proletariado de Medio Oriente y del Magreb debe enfrentar a sus gobiernos y expulsar al imperialismo de la región y destruir el enclave de Israel y así frenar el genocidio en Gaza, formando una Federación de Repúblicas Socialistas de Medio Oriente y el Magreb como forma estatal de la dictadura del proletariado internacional. El proletariado de los países imperialistas debe derrotar a sus gobiernos y frenar la guerra. El proletariado ruso y ucraniano debe luchar en conjunto para derrotar el proceso de asimilación de los ex Estados obreros y transformar esa guerra en una guerra de autodefensa revolucionaria. El proletariado chino debe entrar en escena contra el proceso de asimilación y unirse a las luchas obreras de todo el mundo. En definitiva, debemos buscar la intervención de los batallones obreros en todos los países, de forma independiente, para que, con los métodos y la organización de la clase, logremos parar la masacre de una nueva guerra mundial, a la que nos quieren llevar.
Por una Conferencia Internacional por la reconstrucción de la IV Internacional
Ante la magnitud de la crisis, la aceleración de los preparativos guerreristas y las consecuencias que esto tendrá para nuestra clase se torna urgente el llamado a una Conferencia Internacional con las corrientes que aún levantan la dictadura del proletariado. Hacemos este llamado desde la necesidad de avanzar en abrir un debate al interior de las corrientes trotskistas, para reagrupar a la vanguardia detrás de un programa revolucionario y poder intervenir en la situación internacional como dirección revolucionaria que aspira a que emerja una nueva generación que retome las tareas históricas de construir el partido mundial de la revolución que en esta época es la reconstrucción de la IV Internacional.
COR Chile - LOI Brasil - COR Argentina
A redoblar la solidaridad con el Pueblo Palestino. Por la intervención del proletariado para detener el genocidio
Se mantiene el asedio genocida del enclave de Israel sobre el pueblo Palestino. A dos meses que el enclave sionista rompiera el cese al fuego limitado, retomando sin cesar las masacres, Netanyahu anuncia los planes para invadir y vaciar Gaza de gazatíes con la intención de expulsarlos o aniquilarlos, propagandiza insertar asentamientos de colonos y ejercer el control político y militar directo de la franja de la mano del imperialismo. Enconado en este objetivo, no permite el ingreso de alimentos y medicinas a la franja, lo que ya está provocando la muerte por inanición de niños y cientos de víctimas que no pueden ser asistidas, además de continuar con el ataque a hospitales, e infraestructura, y suma a diario más y más muertes de palestinos.
Esto se da en el marco de una orientación del imperialismo norteamericano de retomar su debilitada hegemonía mundial, buscando pactos regionales con las descompuestas burguesías y lumpenburguesías como la de Arabia Saudita, la de Siria o la del Líbano, etc, quienes intentan restablecer un nuevo equilibrio ya que el que estableció la postguerra mediante el nakba y la misma creación del enclave de ocupación imperialista, se encuentra hecha añicos. Ruptura del equilibrio que fuerza al imperialismo también a buscar imponer condiciones a los ex estados obreros para semicolonizarlos como en Ucrania, o la guerra arancelaria para disputarle el comercio mundial a China.
En el plano interno el gobierno de Trump viene teniendo una línea de persecución y represión ante las manifestaciones en apoyo a Palestina, chocando abiertamente con amplios sectores de la juventud norteamericana e inmigrante, con epicentro en las universidades. Y es que esta crisis de hegemonía del amo yanqui provoca la absorción de las contradicciones mundiales en su seno abriendo procesos de lucha de clases donde la poderosa clase obrera norteamericana puede desempeñar un papel primordial para detener la maquinaria de guerra con los métodos obreros.
También se verifica que las instituciones de posguerra como la ONU se encuentran en la total decadencia al no poder dar una salida reaccionaria como la de dos estados entre Israel y Palestina, mientras caen asesinados decenas de médicos y rescatistas vinculados a organismos internacionales, con el aval silencioso o cínico de los representantes del imperialismo europeo, que aparece como “un actor de reparto” ante la orientación de la administración Trump.
Trump ha llevado una línea agresiva para imponer nuevas condiciones en el reparto mundial, en la búsqueda de asimilar a los ex estados obreros al sistema capitalista, además de una nueva relación capital trabajo.
Las burguesías árabes y del medio oriente han mostrado su rol pérfido en el conflicto, incluidas las direcciones palestinas como las de la ANP, las que buscan poner paños fríos y evitar que escale la solidaridad con el pueblo Palestino.
Además de su propia descomposición interna Israel se enfrenta a la resistencia palestina y de las masas árabes aisladas o contenidas por sus direcciones burguesas. Es el proletariado mundial con sus métodos debe encabezar la solidaridad con la resistencia y el pueblo palestino, en especial en los países imperialistas que deben detener la máquina de guerra.
¡Viva la resistencia palestina!
¡Por la destrucción del estado de Israel!
¡Por una federación de republicas socialistas de medio oriente y el Magreb!