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1º de Maio

 

Enfrentar a crise e a guerra lutando por uma saída revolucionária

 

Pela unidade internacionalista dos trabalhadores contra o imperialismo e a OTAN.

Expulsão das tropas russas da Ucrânia!

 

Os trabalhadores de todo o mundo devemos enfrentar esta situação mundial histórica com a força de nossa classe para destruir este sistema capitalista que só nos garante superexploração e uma vida miserável.

Neste dia, reafirmamos nossa história como classe e sustentamos com firmeza as bandeiras da Comuna de Paris, da Revolução Russa, dos mártires de Chicago e dos dirigentes operários que morreram ou foram assassinados enfrentando este sistema capitalista. Por isso, há 137 anos daquele 1º de maio no qual a burguesia norte-americana assassinava os mártires de Chicago, se faz crucial retomar as tarefas dos revolucionários na luta contra o capitalismo e suas instituições, como os Estados-nação. Lutamos pela destruição do Estado burguês e nos apoiamos na experiência da Revolução Russa e seu sistema soviético.

Este 1º de maio encontra a nós trabalhadores lutando contra as conseqüências da pandemia, da guerra na Ucrânia e de uma crise econômica, política e social internacional.

Assistimos processos inflacionários em nível mundial e uma enorme crise bancária que começou com a queda do Sillicon Valley Bank e do Credit Suisse e apelou ao resgate dos Estados imperialistas para, uma vez mais, salvar o capital. Contudo, a classe operária não “ficou em casa” e tem protagonizado importantes greves, mobilizações e lutas nas ruas, como temos visto na França, Inglaterra, Alemanha e EUA.

A América Latina está protagonizando importantes processos de massas como foram os levantes em países como Chile, Peru ou Colômbia, com a intervenção de amplos setores operários e camponeses, fortemente reprimidos por seus estados à serviço do amo yanque. Também processos de organização e luta dos trabalhadores empregados e desempregados nos diferentes países como Argentina ou Brasil, que enfrentam o retrocesso das condições de vida.

A crise dos semi-estados produto da decomposição imperialista, não terá resolução nas eleições de troca de seus personagens políticos ou de reformas constituintes. É imprescindível organizar nossa classe, recuperando os sindicatos e reagrupando a vanguarda para preparar Congressos de delegados de base para enfrentar a crise, expulsar o imperialismo e as políticas do FMI na região, na luta pelos Estados Unidos Socialistas da América Latina e Caribe.

 

Construir uma direção revolucionária

 

A intervenção de nossa classe abre a possibilidade de embriões de direção revolucionária. Nesta época, é uma tarefa principal deter a guerra Rússia-Ucrânia, para convertê-la em uma guerra revolucionária. O proletariado dos países imperialistas deve enfrentar seus governos e frear a máquina de guerra ocupando as empresas ou boicotando o envio de armas, para, desta maneira ajudar o proletariados russo e ucraniano a desenvolver uma vanguarda que enfrente a restauração capitalista em curso e abra processo revolucionário.

No território ucraniano estão se definindo processos históricos inconclusos, na necessidade de sobrevivência do sistema capitalista. Por isso sustentamos a unidade revolucionária do proletariado ucraniano e russo contra seus governos atuais, contra esta guerra que não defende nenhum de nossos interesses como classe.

São tarefas inéditas para nossa classe, frente ao cenário de decomposição do imperialismo e do processo de assimilação dos ex-Estados operários. O sistema capitalista expressa uma crise histórica em sua organização das relações sociais de produção e suas formas de dominação.

São nestes momentos em que se torna primordial a intervenção da classe operária como uma classe internacional e não ligada a seus Estados nação, para mostrar o poderio de uma classe que pode enfrentar o sistema capitalista.

Frente a uma direção anárquica como é o sistema capitalista, que depende de seus Estados maiores armados para garantir a reprodução do capital, nós lutamos por uma direção coletiva consciente, que prepare as etapas da ditadura do proletariado, já que o sistema atual engendra as condições materiais e as formas sociais para a reconstrução econômica da sociedade.

Para que se desenvolva o internacionalismo é de primeira ordem a reconstrução da IV Internacional para dotar de uma direção revolucionária este processo histórico, para regenerar uma vanguarda operária que possa dar uma perspectiva marxista ao proletariado mundial. Cremos que como primeira tarefa que vá nessa direção, devemos chamar uma Conferência internacional das correntes trotskistas que ainda reivindicam a ditadura do proletariado para discutir as tarefas frente a guerra na Ucrânia, os processos na França e a crise mundial.

 

COR Chile - LOI Brasil - COR Argentina

 

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Em nosso dia ao redor do mundo, nós trabalhadores, devemos fazer nossa voz ser ouvida contra a decadência imperialista e mostrar o poder da classe operária.

Neste dia, as bandeiras da Comuna de Paris, da Revolução Russa, dos mártires de Chicago e dos líderes trabalhistas que morreram ou foram mortos diante deste sistema capitalista voltam a flamejar. É por isso que, 135 anos após aquele 1º de maio, no qual a burguesia norte americana assassinava os trabalhadores, os mártires de Chicago, devemos reafirmar as tarefas dos revolucionários na luta contra o capitalismo e suas instituições, como os Estados-nação. Lutamos pela destruição do Estado burguês e nos apoiamos na experiência da Revolução Russa e seu sistema soviético.

Este 1º de maio encontra os trabalhadores lutando contra a segunda - e em alguns lugares a terceira - onda da Covid e contra um parasita histórico, que é o capitalismo. A pandemia escancarou o caráter reacionário do sistema capitalista, seu método anárquico em relação à natureza e às suas formas de dominação. O desenvolvimento da pandemia agravou ainda mais o processo recessivo da crise de 2008, levando o conjunto da economia mundial à estagnação. Nesse salto qualitativo da crise não se descarta a possibilidade de ruptura dos equilíbrios de classe nos Estados-nação, gerando uma infinidade de crises políticas nos países imperialistas e semicoloniais, com o surgimento de processos de massa que começam a tirar lições da direção burguesa da pandemia e suas consequências sobre as condições de vida.

Estamos testemunhando uma decomposição das instituições criadas pelo imperialismo no pós-guerra; um grande exemplo é a OMS, com sua lamentável atuação sobre a situação da pandemia, a ruptura dos equilíbrios interestatais, com a UE entrando em uma situação caótica e uma exacerbação da disputa entre os EUA e a China, que continua na era pós Trump com Biden.  

Um ano após a irrupção do coronavírus, a resposta dada pela direção capitalista para enfrentar o vírus foi um maior estatismo, ou seja, uma tentativa de economia dirigida, uma intervenção com um festival de subsídios ao capital, nacionalizações de empresas em crise, como as companhias aéreas de bandeira, impostos sobre riquezas, ou ainda políticas fiscais agressivas. Para os trabalhadores isso nada mais é do que um ataque em todas as linhas, com demissões em massa, suspensões, cortes salariais e a retirada de conquistas, entre outros.

Essa distorção que introduz a intervenção estatal na esfera da produção abre intermináveis crises políticas nas diversas frações burguesas e uma relação diferente com os trabalhadores, pois atua na própria base das relações sociais de produção. Torna-se mais evidente a importância da força de trabalho na criação de valor e na dinâmica do capitalismo e sua relação com essa força de trabalho. A paralisia causada pelo vírus em alguns ramos da produção desesperou os capitalistas, porque demonstrou que os lucros saem da expropriação dos trabalhadores e não de outro modo.

Essa política não pode ser mais do que reacionária, porque busca preservar os interesses da classe que representa e, obviamente, não lhe interessa em nada o destino dos trabalhadores, apenas preservá-los como explorados. É por isso que todos os ensaios que puseram em prática nesta pandemia falharam e levaram a um acirramento da crise com milhares de mortos e infectados. Tanto as quarentenas como na Argentina, quanto a negação do vírus ao estilo Bolsonaro, foram políticas desesperadas para salvaguardar os grandes capitais e sua classe, desorganizar a nossa classe com a cumplicidade da burocracia sindical, para sustentar seus Estados em decomposição. Uma linha imperialista de salvaguardar os ramos da produção, reduzindo o valor da força de trabalho.

A crise acentuou ainda mais a desorganização da economia, razão pela qual, diante do ataque dos capitalistas, nós, trabalhadores devemos atacar seu capital. O exemplo mais notório são as vacinas contra a Covid-19: laboratórios que aumentam seus lucros; Estados, como os EUA, que tentam vacinar toda a sua população para obter vantagem na reconstrução da economia e estar em melhores condições para competir; e grande parte do mundo sem uma única vacina. Os trabalhadores, diante do nível da crise, devemos reforçar a ideia de expropriar os expropriadores.

Em diferentes partes do planeta, setores da classe trabalhadora retomam os métodos da nossa classe, como demonstra a greve italiana diante do colapso da saúde, as greves nos EUA, as greves na França, um início ainda molecular de processos de luta no proletariado brasileiro, as duras lutas dos trabalhadores argentinos, a luta dos trabalhadores de Mianmar diante do golpe militar, apenas para listar alguns conflitos. Como nós marxistas defendemos, a união criativa do consciente e do inconsciente é o que costumamos chamar de inspiração. A revolução é a inspiração violenta da história.

Somos nós que devemos paralisar tudo, não só para enfrentar o vírus, mas para nos organizar para enfrentar os ataques. Os métodos da classe operária, como o bloqueio de atividades e paralisações para construir uma greve geral, são medidas que nos permitem preservar-nos de forma organizada, através dos sindicatos, frente ao ataque centralizado da burguesia e as fortes tendências destrutivas da economia capitalista em crise.

Podemos dizer que assistimos a um ensaio geral reacionário do sistema capitalista, em meio a um processo mais histórico de decomposição. É um grande ensaio de conciliação de classes, de patriotismo. Diante de uma direção anárquica, como é o sistema capitalista, que depende de seus principais Estados armados para garantir a reprodução do capital, nós lutamos por uma direção coletiva consciente, que prepare as etapas da ditadura do proletariado, uma vez que o sistema atual engendra as condições materiais e as formas sociais para a reconstrução econômica da sociedade.

Nós, trabalhadores, devemos intervir nesta crise de forma independente, preparando as condições para que surja uma vanguarda revolucionária, que se constitua em partido como uma direção revolucionária na necessidade de reconstruir a IV Internacional.

 COR Chile - LOI Brasil - COR Argentina

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