Nos dias 27 e 28 de julho, realizou-se em São Paulo, a Conferência da Liga Operária Internacionalista - LOI, com a participação de seus militantes e representantes da Corriente Obrera Revolucionaria - COR, da Argentina e do Chile, que conformam, junto com a LOI, a Tendência pela Reconstrução da Quarta Internacional - TRQI.
Essa Conferência ocorreu em meio ao acirramento das tendências bélicas a nível mundial, como consequência das políticas mais agressivas do imperialismo para assimilar os ex-estados operários, na busca de abrir novos mercados e ampliar a exploração destes como semicolônias. Esse processo, contudo, se dá no momento de sua decomposição, caracterizada por Lênin como a contradição mais elevada da forma de organização das relações sociais de produção no sistema capitalista, o que por sua vez amplia também a decomposição de suas formas de dominação, os estados nacionais e suas instituições.
Discutimos, dessa forma, os eventos mais importantes da conjuntura - como o prolongamento da guerra da Ucrânia e o consequente rearmamento global, o genocídio palestino perpetrado pelo enclave imperialista no Oriente Médio e o escalonamento dos conflitos na região, os processos de guerra civil na África e as recentes eleições no mundo todo que expressam, ainda que de forma parcial, a amplitude da crise dos estados e o balanço que fazem as frações da burguesia de suas recentes políticas impostas na busca de conter a crise estrutural do capitalismo - dentro do momento histórico de decomposição do imperialismo e do processo de assimilação dos ex-estados operários.
Nacionalmente, discutimos como o atual período histórico também produz governos mais debilitados nas semicolônias, como o governo Lula que, ao prescindir da base social que tinha nos governos anteriores, precisa assumir uma linha mais institucional dentro do estado burguês semicolonial brasileiro, buscando atender às diferentes frações da burguesia nacional e, ao mesmo tempo, se apresentar como o principal mediador do imperialismo na região. É neste sentido que o governo, negociando diretamente com o Parlamento, avança na agenda econômica que garante o aumento da exploração e a incrementação dos lucros para a burguesia, enquanto patina para conseguir até as migalhas prometidas em campanha, da qual foram fiadores as direções sindicais, o reformismo e grande parte do centrismo trotskista.
As discussões de conjuntura, realizadas através do nosso instrumento de análise da realidade que é a teoria marxista, permitiu que nossa organização apontasse para as urgentes tarefas que se colocam aos revolucionários. Ao mesmo tempo, demonstrou a incapacidade do revisionismo centrista em oferecer uma resposta revolucionária ao avanço das tendências bélicas em todos os níveis. Suas análises se concentram no nível da superestrutura, dos regimes e dos governos, nas “ditaduras versus democracia”, na autodeterminação abstrata de países em conflitos, gerando um sem fim de posições políticas que desconsideram o partido revolucionário e sua intervenção consciente na produção para desorganizar a burguesia. Pelo contrário, no atual recrudescimento das políticas estatais, voltam sua política na defesa e no fortalecimento do Estado como conciliador dos interesses de classe.
Além dos debates de conjuntura, que buscaram fortalecer nossa militância para a disputa política com as organizações reformistas e centristas que influenciam a consciência da nossa classe nas estruturas de trabalho e organização, atuando como freio da expressão dos interesses de classe em política revolucionária, a Conferência votou as principais tarefas de construção, a importância da nossa atuação consciente nos processos de luta abertos e nas nossas organizações de classe - como oposições revolucionárias - lutando pela recuperação dos nossos sindicatos. Também se reafirmou a necessidade de uma Conferência Internacional com as organizações que ainda reivindicam a ditadura do proletariado, como forma de dominação da organização da produção sob bases socialistas, como um passo concreto pela reconstrução da IV Internacional.
No domingo, 28 de julho, foram realizadas as eleições na Venezuela. Maduro reivindica vitória e a oposição denuncia fraude. Nada diferente de eleições passadas, porém, esta possui a particularidade de encontrar o governo Maduro em maior debilidade e com apoio mais instável em todo o mundo. Grande parte dos governos da região e dos países imperialistas pedem que sejam apresentadas todas as atas das eleições e, embora os governos da Rússia e da China tenham reconhecido Maduro como o vencedor, ele já não tem o seu apoio como nos anos anteriores; e mesmo os governos do Chile e do Brasil lançaram dúvidas sobre o resultado.
A crise social e econômica em que a Venezuela mergulhou corroeu a relação de Maduro com as massas. O governo aplicou um ajuste, os salários são paupérrimos e os serviços públicos praticamente não funcionam. Entretanto, a oposição burguesa, que levantou a candidatura de González Urrutia, ainda não consegue armar-se para tomar o poder num Estado cada vez mais decadente. É óbvio que estas eleições não podem trazer nada de bom aos trabalhadores já que ambos os candidatos representam diferentes frações burguesas alinhadas com o imperialismo, e apenas diferem na forma de dominação das massas para explorar e saquear recursos naturais como o petróleo e a mão-de-obra nativa. De ambos os lados são evidentes as características típicas do bonapartismo sui generis, um negociando migalhas com o imperialismo e o outro apresentando-se como seu representante mais direto.
Os setores de esquerda foram banidos das eleições. Organizações como o PSL, o PPT/APR, a Marea Socialista e a LTS, desenvolveram uma campanha denunciando o governo e a possibilidade de fraude, chamando o voto nulo.
Devemos acompanhar o desenvolvimento da crise que as eleições abrem, pois, por um lado, aceleram o processo de decomposição do regime de Maduro e, por outro, devemos observar até que ponto a oposição está disposta a enfrentar processos mais abertos de confronto nas ruas. No encerramento da jornada do dia 29/07, já eram registrados confrontos e repressão nas ruas de Caracas.
É fundamental lutar por ações independentes dos trabalhadores para intervir nesta crise com os métodos da nossa classe e um programa operário de saída para a crise. A única forma de atacar as bases do regime venezuelano é promovendo a ocupação e o controle operário dos principais ramos da economia, especialmente o petróleo, expulsando a burocracia dos sindicatos. Chamamos a vanguarda operária em toda a América e em todo o mundo para que desenvolvam ações de solidariedade com o proletariado venezuelano. Insistimos no nosso chamado às correntes que reivindicam a ditadura do proletariado para organizar uma Conferência Internacional que nos permita começar a discutir passos concretos para a reconstrução da IV Internacional, que terá como tarefa a luta pelos Estados Unidos Socialistas da América.
Enfrentemos a la anarquía y parasitismo del capital imponiendo el Control Obrero
Las trabajadoras manipuladoras de alimentos de JUNAEB han llevado a cabo una lucha donde con cortes de calles, concentraciones y marchas. Han venido denunciando el actuar lumpen de las empresas contratistas que licitan con el estado para la alimentación de estudiantes en colegios y liceos. Todos los años distintas patronales licitan con estado encubriendo su capital, creando empresas de papel, meros intermediarios para, llegado el momento y una vez embolsado el dinero, arrancar dejando a las trabajadores sin salarios, incluso sin indemnizaciones luego de ser despedidas como denunciaron las trabajadoras.
La burguesía impuso una relación capital trabajo al extender las empresas tercerizadas que funcionan como forma de empujar a la baja el valor de la fuerza de trabajo, además ataca la organización obrera fragmentando los sindicatos.
Esta lucha ha terminado con en una mesa de trabajo donde la patronal estado (JUNAEB, Dirección del Trabajo, etc) llevará a la justicia burguesa y al eterno papeleo para cobrar los finiquitos adeudados. Las “mesas tripartitas” llevarán a la tramitación permanente de la burocracia estatal si no se coloca como norte terminar con este sistema de explotación.
Pese a la intención de las burocracias sindicales de actuar con un rol de conciliación con la burguesía, sin independencia de clase de la organización obrera respecto al estado burgués, fueron los métodos obreros del corte de calles con barricadas y movilización los que impusieron al gobierno acelerar una promesa de solución.
La burguesía y el capitalismo en descomposición es incapaz de garantizar la continuidad de los puestos de trabajo, el salario y las condiciones de vida de la clase trabajadora. Ha sido la clase obrera ocupada y desocupada con sus métodos la que ha salido a luchar por su supervivencia. La perspectiva debe ser superar las consecuencias de la anarquía del capitalismo en su decadencia, peleando al interior de los sindicatos por el control obrero en la rama educativa, imponiéndole a esta patronal la continuidad en el empleo de las trabajadoras, mediante la escala móvil de horas de trabajo y escala móvil de de salario que parta del costo de la canasta familiar, asimismo exigiendo la develación de los contratos y apertura de libros que tiene el estado con las contratistas. En esta pelea una vez más están llamadas las organizaciones estudiantiles a intervenir como una fuerza activa, como batallón auxiliar en la lucha de la clase obrera.
Entre los días 10 y 15 de julio los trabajadores afiliados a la federación walmart salieron a la huelga por salarios y condiciones laborales, como así también para enfrentar el ataque flexibilizador y de quite de beneficios de esta patronal imperialista.
Cerca del 14 mil trabajadores, un 40 % del plantel de esta supermercadista, mantuvieron la paralización de casi la mitad de los locales a nivel nacional, ocasionándole importantes pérdidas de ingresos.
Sin embargo, esta fuerza desplegada, fue desmovilizada por la directiva de la federación en consonancia con la burocracia de la CUT y de los “asesores sindicales” provenientes del mundillo concertacionista.
En la página de CETRA (asesores) indican que los trabajadores siempre estuvieron ante la alternativa: “Última Oferta o Artículo 342”. Es decir optar entre la propuesta de la empresa, un miserable bono de término a cambio de eliminar beneficios y sin reajustes salariales, o adscribirse a las estipulaciones del contrato colectivo anterior sin reajuste, ni bono, ni reposición de días caídos. En una maniobra acostumbrada por la burocracia sindical, colocaron ante esta falsa alternativa a un pequeño puñado de dirigentes sindicales quienes de forma inconsulta, decidieron agarrarse del “piso de negociación”.
Este es el resultado de la perspectiva de la conciliación de clases, que buscó la resolución a la lucha de los trabajadores no en las fuerzas de nuestra clase, sino en la legislación laboral y la mediación de las instituciones del estado burgués.
No es la primera vez que trabajadores de walmart, al son de millonarias asesorías vinculadas a agentes o exagentes de la burocracia estatal, salen a la huelga logrando magros o nulos beneficios sin lograr imponer sus condiciones a la patronal.
Ya los mecanismos del semiestado burgués habían mostrado su ineficacia para resolver la imposición de una flexibilización laboral generalizada, con la figura del omnioperador, dando muestras que el poder de una patronal imperialista se encuentra por encima del “andamiaje jurídico” del país semicolonial (inertes fallos favorables a los trabajadores de la inspección y los tribunales de justicia), que por lo demás se encuentra a sus servicio.
Ante una política de flexibilización, despidos y baja salarial del conjunto de la clase capitalista, con el fin de modificar la relación capital-trabajo en medio de la crisis, la única respuesta plausible es la organización de la clase obrera y la lucha golpeando sobre la producción.
La huelga de walmart en la actual situación se volvía crucial, ya que mostraba la fortaleza de un sector de la clase trabajadora de la rama de servicios, cuyo peso superaba la atomización y fragmentación imperantes.
La legislación laboral y el código del trabajo, expresan la forma en que se mantiene la estatización de los sindicatos, pretendiendo maniatar el accionar obrero, restringirlo a periodo estipulados burocráticamente y estructurar los tiempos del desarrollo de la lucha para que toda huelga se vuelva inocua o con el suficiente margen para que los empresarios puedan liquidarla.
Es por ello que la única alternativa que no visualizaron los dirigentes sindicales guiados por la burocracia sindical oficialista (que dicho sea de paso, la CUT sólo pretende usar las movilizaciones de trabajadores para posicionar mejor las políticas del gobierno de cara a las elecciones municipales) era la de mantener y extender las medidas de lucha. Era necesario fortalecer y ampliar la huelga paralizando más locales e ir incitando a más trabajadores a la huelga.
Para ello se necesitaban impulsar la democracia sindical, levantando una asamblea o congreso nacional de delegados de base, que guiara sus acciones, que fuera tomando las decisiones en contra de la patronal, la burocracia y el propio gobierno, que intervenía cínicamente con ministros saludando la movilización.
Pero nada de esto iba a pasar con la actual dirección sindical que iba a llevar al torrente de la legalidad burguesa toda iniciativa.
Aferrarse al piso de negociación fue la opción de la derrota, igual que aceptar la última oferta empresarial. Con estos resultados los trabajadores no sólo pierden los días caídos, sino que se congelan los salarios y beneficios por un año y medio. La situación de decepción de muchos trabajadores que salieron enérgicos a ponerle el cuerpo a la lucha puede llevar a la desmoralización, desafiliaciones y mayor dispersión de nuestras filas, resultado cuya exclusiva responsabilidad corresponde a la burocracia sindical. Ante esta disgregación, la patronal avanzará con su plan flexibilizador de forma aún más enconada.
Es imperioso sacar lecciones de esta lucha, fortaleciendo los sindicatos, expandiendo la organización de lucha, imponiendo la democracia sindical en los mismos, preparando a los mejores activistas para la lucha contra esta patronal imperialista, pero sobre todo es preciso recuperar nuestras organizaciones expulsando a la burocracia sindical y colocando a la cabeza a trabajadores decididos.
La independencia de los sindicatos del gobierno, la patronal y la burocracia sindical es una tarea de primer orden para toda la clase trabajadora.
La huelga de los trabajadores de Walmart está afectando el funcionamiento con cierre total o parcial de casi la mitad de los locales que tiene esta multinacional imperialista en el país, impactando sobre ventas y ganancias de esta cadena, evidenciando que somos los trabajadores los que movemos los resortes económicos, la única clase progresiva de la sociedad.
La fuerza de 14 mil trabajadores nucleados en una sola federación a más de 150 sindicatos, tiene el potencial para doblegar a esta patronal, impidiendo que avance sobre derechos y conquistas, así como podemos avanzar en imponer las condiciones laborales que creamos necesaria.
Pero no es sólo la fuerza del número lo que puede hacernos avanzar en obtener nuestras demandas, sino también el nivel de nuestra organización y la voluntad de nuestra dirección.
Esta empresa, famosa por abusos patronales en todo el mundo, cuenta con el respaldo de todo el andamiaje político y jurídico, de un semiestado atado con cadenas al imperialismo, que le permiten imponer sus condiciones a la clase trabajadora mientras esta se lo permita.
Conquistar los planteado en el pliego del contrato colectivo, aunque será un buen punto de apoyo, hay que considerarlo un armisticio de la lucha entre la patronal y los trabajadores, ya que la patronal volverá a querer imponer sus condiciones una vez concluida la negociación.
Por ello es importante aprovechar esta pelea para fortalecer la organización y colocar a la cabeza de nuestras organizaciones a dirigentes decididos.
Es necesario levantar puntos tales como:
Contra la flexibilización impuesta por la ley de 40 horas, aplicada en beneficio de las patronales y no de los trabajadores y su vida familiar. Impedir la polifuncionalidad. Ya hemos visto que los mínimos resquicios legales de los que podemos agarrarnos los trabajadores, son pisoteados sin más por esta multinacional, buscando argucias legales imponiendo firmas de anexos.
Es importante avanzar en levantar la necesidad de una escala móvil de horas de trabajo, que determine la duración de la jornada laboral, incorporando a todos los trabajadores de la rama al trabajo.
No podemos permitir salarios miserables. Es necesaria una escala móvil de salarios, que acompañe la inflación real, no la del IPC ficticio, cuyo sueldo inicial sea igual al costo de valor de la Canasta Familiar.
Impedir el descuelgue individual. Ya vimos que un sector importante cerró negociación a cambio de un bono de término de negociación, una herramienta utilizada para tentar la necesidad de los trabajadores a cambio que renuncien a aumentos y beneficios mensuales, manteniendo aplastado el nivel salarial en la rama.
Es necesario que en cada local y sindicato se vote que debe impedirse el descuelgue uno a uno. Que la Federación llame a Congreso Nacional de dirigentes de sindicato base, y de delegados negociadores votados por asambleas y con mandato, que sea la voz de la resolución de la lucha
No solo no debemos depositar confianza en la intervención de instituciones estatales como la inspección, que median para calmar los ánimos y ponerse del lado de la patronal, sino que debemos evitar que nuestra lucha pretenda ser usada como base de apoyo del gobierno, como ha venido actuando la directiva de la CUT constantemente. Es necesario mantener una sólida independencia de clase de la patronal, el gobierno y la burocracia sindical.
Tomemos en nuestras manos la dirección de la huelga, impulsemos a puestos nacionales a los dirigentes honestos y decididos y bajemos a aquellos dispuestos a entregar conquistas. Mantengamos la afectación de locales expandiendo su impacto hasta conquistar lo que merecemos.
Volante: 13-07-24
El sábado 06 de julio a la madrugada, un contingente del GOPE de carabineros allanaron el comedor popular Luisa Toledo, el medio de comunicación radio villa Francia y algunas viviendas particulares.
Esta acción represiva dejó a 14 personas detenidas acusadas por el ministerio público por la ley de control de armas y otros. Todos los detenidos pertenecientes a diversas agrupaciones sociales, de ddhh y colectivos organizados nucleados alrededor del comedor, de luchas estudiantiles, de defensa de las tomas habitacionales, etc.
La irrupción represiva, que contó con la actuación de carros hidrantes, “zorrinos”, patrullas, etc, se dio el día de conmemoración del tercer aniversario del fallecimiento de Luisa Toledo, destacada luchadora contra la violencia policial, quien fuera madre de los hermanos Eduardo y Rafael Vergara Toledo asesinados por carabineros en plena dictadura, jóvenes militantes del MIR por quienes conmemoramos el día del “joven combatiente” todos los 29 de marzo.
Esta actuación no es casual, sino que fue orquestada directamente desde la moneda, donde la ministra del interior, Carolina Tohá, salió en horas tempranas muy emocionada a felicitar este operativo represivo, indicando alegremente que se habían dado con los responsables de colocar bombas, en el pasado y con material preparado para futuras. También pasó a señalar que el trasfondo de este operativo era el de perseguir a todo aquel cuya “postura crítica” reivindique la violencia como una legitima expresión política. Algo que cientos de organizaciones lo han venido realizando durante décadas, lo que manifiesta el carácter de abierta persecución política contra el activismo en lucha, de un gobierno y un régimen que tiene decenas de presos por luchar, como dirigentes de orgánicas mapuches con cadenas perpetuas basadas en testimonios de pacos en anonimato.
Ante el evidente carácter reaccionario del gobierno, y el simbolismo que encierran lugares como Villa Francia, que fueron zonas de importante resistencia a la dictadura pinochetista, desde diputados humanistas, del FA o del PC exigieron explicaciones, con el fin de lavarle la cara su gobierno, intentando mantener en pie su pie izquierdo.
Este tipo de acciones recuerdan los montajes realizados durante el primer gobierno de Piñera, o también los que cometieran con detenciones ilegales y asesinatos “la oficina” a la salida de la dictadura por los personeros del ala izquierda concertacionista.
La prensa burguesa se ha encargado de mostrar evidencias falsas de fusiles o armas hechizas, mezclando intencionadamente información de detenciones o casos ligados al lumpen del narco.
El montaje con el que se llevó a cabo el operativo fue evidente, se negaron a entregar los videos de los allanamientos así como demoraron en presentar el supuesto bolso con armamento. Tan así que las detenciones debieron ser declaradas ilegales en su mayoría, aunque permanecieron en prisión preventiva por apelación del gobierno y la fiscalía.
Esto se da ad portas de nuevos desalojos represivos de poblaciones, cuya lucha es apoyada continuamente por estas organizaciones.
La violencia aceptable para Tohá es la ejercida por los aparatos represivos del Estado, contra los trabajadores, las familias obreras, las constantes golpizas contra la juventud secundaria, etc. La democracia semicolonial acepta el “discernimiento” siempre que se mantenga en la línea de la defensa de la propiedad privada capitalista
De nuestra parte defendemos la violencia de los explotados contra los explotadores y sus fuerzas represivas. Bregamos por que sea la clase obrera organizada, bajo la conducción de una dirección revolucionaria internacionalista, la IV Internacional reconstruida, la que arrebate el poder a la burguesía, con armas en la mano.
Exijamos la inmediata liberación y desprocesamiento de todos los presos por luchar
Ontem, na Bolívia, foram vividos momentos de alta tensão quando uma fração dos militares liderados pelo seu chefe de armas, o general Zuñiga, invadiu o Palácio do Governo com tanques e forças aliadas, para impor uma suposta mudança de gabinete no governo Arce, impedir uma futura candidatura à presidência de Evo Morales e pela libertação do que denominavam de presos políticos, como Camaño e Añez.
Arce saiu para denunciar um golpe de estado e mobilizar o povo contra o golpe. Alguns setores da oposição e inclusive Evo falaram em “autogolpe”, mostrando o nível de descalabro do regime boliviano. A COB, que é o sindicato dos trabalhadores bolivianos, convocou uma greve geral por tempo indeterminado. Entretanto, todos os países da região e organizações internacionais manifestaram-se em defesa da democracia. Após horas de tensão, o general retirou-se da Plaza Murillo, o governo nomeou novos líderes do exército e o general Zuñiga foi preso.
Devemos tentar analisar em profundidade o que aconteceu na Bolívia e não cair numa visão apenas do regime e dos campos democráticos. O que se passou foi uma tentativa reacionária de uma fração dos militares de intervir na crise política e econômica do governo Arce para, através das armas, tirar a economia boliviana e o seu quadro político da estagnação em que se encontram. Tenhamos em mente que o governo tem travado uma luta interna muito forte com a fração de Evo Morales; Para estes dias, foram planejados vários cortes e manifestações armadas por Evo, para reforçar o seu poder face a uma possível candidatura à presidência, da qual o Supremo Tribunal do seu país o impede. A queda nas reservas de gás gerou uma crise econômica de proporções, que levou o governo a apostar no lítio e nos seus acordos com a China para sair desta situação. Isto demonstra o nível de decomposição do regime boliviano e das suas relações de classe, onde as diferentes frações de classe procuram no imperialismo norte-americano, ou na China, ou na Rússia, uma salvação para a débil burguesia, enquanto as massas como um todo sofrem com a situação econômica e social .
Por isso que o apelo da COB à greve por tempo indeterminado tem como objetivo defender o governo Arce e não a nossa classe diante de um avanço reacionário. Apelam a uma defesa da democracia “burguesa”, que é a garantia da nossa exploração. Devemos recuperar a COB para os trabalhadores e intervir de forma independente frente a esta crise, tomando a liderança dos sindicatos dos grandes ramos energéticos e impondo o controle operário dos ramos para derrotar toda a burguesia e pequena burguesia, que têm o apoio do imperialismo e vivem às custas do nosso trabalho.
Devemos recuperar as nossas organizações para formar piquetes de autodefesa e milícias de trabalhadores que protejam as fábricas e empresas de hidrocarbonetos e lítio. Em suma, devemos regressar à memória histórica de uma classe trabalhadora que soube realizar enormes feitos, como quando derrotou o exército (processo revolucionário em 1952) e as forças auxiliares como a polícia, formando as suas próprias organizações de combate. Apesar das derrotas e das mediações que tentaram fazer com que estes processos fossem esquecidos, a classe trabalhadora continua lutando contra as classes que nos levaram a esta crise geral.
Apoiemos a luta dos trabalhadores bolivianos com ações operárias de solidariedade internacionalista. A nossa luta é a mesma e estamos empenhados em ajudar a construção de partidos revolucionários que se formem como seções nacionais da IV Internacional reconstruída. Por uma Federação das Repúblicas Socialistas da América do Sul como forma estatal da ditadura do proletariado. Apelamos a todas as organizações revolucionárias que partilham esta perspectiva para organizar uma Conferência Internacional para discutir as nossas tarefas urgentes.
COR Chile - LOI Brasil - COR Argentina
En la madrugada del pasado 20 de junio colisionaron de forma frontal dos trenes, uno de carga y uno de pasajeros, dejando como saldo dos trabajadores muertos, uno de ellos dirigente de la Federación Nacional de Transporte Ferroviario, además de 9 heridos.
Fallas en la comunicación, falta de mantención de las vías, sistemas de comunicación defectuos, servicios de datos intermitentes, son algunas de las condiciones en las que tienen que desempeñar los trabajadores de las empresas ferroviarias como EFE y FEPASA, involucradas en la colisión.
Desde la gerencia de EFE y sus mandos medios han salido a decir que todos sus protocolos de seguridad operan en óptimas condiciones buscando descargar toda la responsabilidad sobre el conductor del tren y el trabajador de control.
Desde el Estado por medio de la fiscalía han imputado a los dos trabajadores dejándolos con arresto domiciliario, mientras la empresa se quiere sacar la responsabilidad de lo sucedido indicando que realizará una investigación interna con “expertos internacionales” paralela a la investigación del ministerio público, es decir, la patronal estatal y los organismos reaccionarios del estado serán quienes determinen la responsabilidad de lo sucedido.
Desde la directiva de la Federación respondieron convocando un paro, centralmente en EFE, que ha sido tomado por los trabajadores paralizando los servicios Alameda-Nos, EFE Valparaíso y EFE Sur.
Desde el ministerio de transporte se han encargado de respaldar a la gerencia quien se encuentra vociferando acerca de una supuesta alta seguridad del servicio de trenes de pasajeros, tan seguro como que técnicamente pueden desplazarse 2 trenes por la misma vía en sentido opuesto sin que existan sistemas de alerta, bloqueo o frenado. Pese a los intentos de negociación no lograron deponer el paro debiendo recurrir a medidas de contingencia.
Los trabajadores, que obedecen a los protocolos impuestos por la patronal, vienen denunciando las condiciones en las que desempeñan sus funciones, mientras la empresa hace oídos sordos a los reclamos sobre condiciones inseguras.
Es necesario mantener las medidas de lucha, en particular el paro y votar un plan de lucha
Para ello debemos exigir a la directiva sindical el llamado a asambleas conjuntas de trabajadores de ambas empresas para decidir la continuidad de las medidas.
Es necesario levantar una comisión investigadora independiente impulsada por los sindicatos que esté integrada por delegados votados por la base y maquinistas con experiencia.
También lanzar una campaña por el total desprocesamiento y ninguna represalia contra los trabajadores involucrados, algo sobre lo que la Federación no se ha expedido, dando con ello un respaldo tácito al ataque patronal.
Ni las investigaciones de la empresa, ni los “expertos”, ni menos los comités paritarios (siempre funcional a la patronal) podrán velar por las condiciones de trabajo y seguridad.
Es necesario imponer protocolos obreros de seguridad, exigiendo la implementación de cambios en la infraestructura ferroviaria, totalmente desfinanciada, eligiendo inspectores de seguridad entre los mismos trabajadores.
No ceder hasta el total desprocesamiento de los trabajadores y la reposición en sus funciones, así como la caída y ajusticiamiento de los verdaderos responsables entre el mando capitalista.
Liberdade aos detidos!
Encerramento imediato de todos os processos armados contra os lutadores.
Abaixo o protocolo de Bullrich.
Abaixo a lei de bases, o ajuste de Milei e o FMI.
Pelo triunfo de todas as lutas operárias.
Por um Congresso de delegados de base com um mandato de trabalhadores empregados e desempregados.
Impor a Greve Geral à CGT e às CTAs.
Na terça-feira, 18/06/24, nos concentramos às 16h30 na Plaza de Mayo, em Buenos Aires.
Convocamos mobilizações em todo o país e nas embaixadas argentinas no exterior.
COR Chile - LOI Brasil - COR Argentina
No domingo, 9 de junho, encerraram-se as eleições para o Parlamento Europeu, nas quais as prévias mostraram um grande avanço da extrema direita e a derrota dos que se denominavam centro. Embora a extrema direita tenha avançado e conseguido realizar eleições muito boas nos principais países da UE, como França, Alemanha e Itália, não conseguiu desalojar as alianças centristas do controle do Parlamento Europeu.
Tendências bélicas
Estas eleições ocorreram em plena guerra entre a Rússia e a Ucrânia, na qual os governos imperialistas da UE, em aliança com o imperialismo norte-americano através da OTAN, apostam fortemente na defesa da Ucrânia e na derrota da Rússia. Além disso, estão atravessadas pelo genocídio de Israel na Palestina, que desenvolveu um movimento pró-Palestina generalizado nos países da região. O prolongamento deste conflito bélico tem preparado os Estados membros para a possibilidade de aprofundamento de tendências bélicas, como se verifica com o aumento dos orçamentos militares e o restabelecimento do serviço militar obrigatório. Além disso, abriu intermináveis contradições dentro da União Europeia, uma instância reacionária supra-estatal criada para assimilar os ex-Estados operários, que hoje não só não consegue atingir o seu objetivo, mas também tende à sua dissolução, uma vez que a unidade econômica entre setores burgueses que competem entre si no sistema capitalista é utópica.
É esta contradição na gênese da UE que leva a um avanço da extrema direita, com posições mais nacionalistas, protecionistas e anti-imigração. Porém, em seus objetivos, não diferem tanto dos outros setores em relação ao sonho de recriar um Estado de bem-estar, já que ambos buscam a forma política de recuperar protagonismo na arena mundial, não ser tão dependentes do imperialismo norte-americano e frear o avanço da China. Isto é algo que mantém as burguesias imperialistas europeias sem uma direção estratégica clara, dado o quadro de decomposição capitalista, o peso das forças produtivas chinesas e a dependência dos recursos energéticos que a Rússia lhes fornecia.
Um parlamento “de brincadeira”
Neste cenário, devemos observar os limites destas eleições, que elegem representantes para um parlamento cujas decisões não têm nenhum peso político na dinâmica dos membros da UE. A abstenção foi muito forte, chegando a 60% em alguns locais. Na realidade, os governos encaram-no como um teste para verificar seu grau de apoio. Na França, a derrota dos candidatos de Macron levou o presidente a dissolver a Assembleia Nacional e a convocar eleições antecipadas, numa medida para travar o avanço da extrema direita, representada por Le Pen, e diante de uma abstenção de 40%. A vitória de Meloni na Itália não preocupou tanto, uma vez que esta mandatária concorda em termos gerais com as políticas da UE. Na Alemanha, a AfD foi a segunda força, superando por dois assentos a social-democracia que está atualmente à frente da coligação governamental, mas os conservadores da CDU/CSU celebraram o desempenho relativamente bom dos seus candidatos e já pensam que podem capitalizar melhor do que a AfD e fortalecer-se na política interna.
Uma “euro-esquerda” totalmente turva
Foi surpreendente a política da esquerda trotskista, cuja grande maioria formou listas para participar no Parlamento Europeu, sendo uma instituição criada pela União Europeia; um organismo supra-estatal totalmente reacionário, cuja formação e, mais tarde, consolidação, nós, revolucionários, lutamos contra. Observamos uma esquerda perdendo o rumo, como se expressa na posição sobre a guerra na Rússia-Ucrânia, alguns pró-OTAN e outros apoiando Putin; outros ainda por uma autodeterminação abstrata para não tomarem posição. Precisamos abrir um grande debate no proletariado europeu sobre as tarefas históricas que esta situação crítica nos impõe. Para que lutem para acabar com a guerra e o genocídio na Palestina e confrontem os seus governos, que são membros da OTAN. O papel do proletariado, agindo como classe independente, é essencial para apresentar uma solução revolucionária internacionalista para a crise. É uma tarefa central derrotar o imperialismo e os seus processos de assimilação e unir o proletariado ucraniano e russo numa guerra revolucionária que derrote a OTAN e o processo de restauração capitalista de Zelensky e Putin.
Por uma Conferência Internacional de correntes revolucionárias
Nada de bom resultará destas eleições para o Parlamento Europeu; devemos lutar pelos Estados Unidos Socialistas da Europa, que são a forma estatal da ditadura do proletariado.
Chamamos uma Conferência Internacional com as correntes que ainda levantam a necessidade da ditadura do proletariado para discutir as orientações da situação mundial e a política dos revolucionários. Esta conferência parte da necessidade de reconstruir a IV Internacional e suas seções nacionais.
COR Chile - LOI Brasil - COR Argentina
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A contra-ofensiva que fracassou na Ucrânia e o avanço da Rússia no território estão complicando os objetivos da OTAN, não conseguindo manter suas posições pelo exército ucraniano, dificultando uma solução negociada com Putin. Isto sugere que o imperialismo considera diferentes hipóteses para o desenvolvimento do conflito. A OTAN está discutindo uma intervenção mais aberta, não apenas enviando armas, mas também exércitos regulares para o território para reforçar e escorar uma possível dissolução do exército ucraniano, que é incapaz de repor as suas perdas. É claro que o prolongamento da guerra mergulhou o governo Zelensky numa importante crise política.
Por seu lado, a Rússia está reforçando as suas alianças, principalmente com a China, e, embora por enquanto respeite as “linhas vermelhas” no território, está a sitiar Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia. Alguns analistas sustentam que este cerco é uma medida tática para dividir ainda mais as forças ucranianas.
Tendências bélicas crescentes
A guerra na Rússia e Ucrânia está adentrando em um território de guerra mais aberta entre a OTAN e a Rússia, o que daria um salto de qualidade com implicações bélicas de caráter mundial. Portanto, é muito importante para o imperialismo norte-americano propiciar uma solução diplomática para o enfrentamento na Palestina, uma vez que este genocídio está gerando grande repúdio em todo o mundo, especialmente entre os jovens. Este questionamento impede que o imperialismo consolide uma base social que lhe permita uma intervenção mais direta no processo de assimilação dos ex-Estados operários, como a Rússia.
Neste cenário, nós, trabalhadores, devemos intervir de forma independente. As guerras colocadas pelo imperialismo, pelos seus agentes e pela burocracia dos ex-Estados operários não são as nossas guerras e devemos parar esta política bélica com os métodos da classe trabalhadora. Temos de nos organizar para derrotar os seus governos nesses países, expulsá-los das semicolônias através de uma luta anti-imperialista e derrotar as burocracias restauracionistas, que são agentes do imperialismo nos ex-Estados operários em processo de assimilação. Estas são as tarefas que surgem da situação internacional e são tarefas históricas que não possuem analogias, uma vez que estamos diante de uma guerra entre dois ex-Estados operários, como a Rússia e a Ucrânia, e um processo de assimilação na China. Os restauradores do capitalismo ainda não foram capazes de se conformar como classe e não sabem que tipo de Estado resultará se esta transição para o capitalismo for bem sucedida.
Atravessamos uma fase marcada pela decomposição do imperialismo, de suas formas de dominação, como os Estados burgueses, e por uma crise histórica na relação entre capital e trabalho. Nunca na história estes elementos estiveram na arena da luta de classes. O que é uma constante em cada um destes fenômenos é a preeminência do sistema capitalista e das suas leis. Este sistema e as suas leis foram questionados nos processos revolucionários, processos que deixaram lições importantes: o capitalismo pode ser superado e processos de transição para o socialismo podem ser desenvolvidos. A subsistência do capitalismo agonizante também apresenta a existência do proletariado como seu coveiro. O capitalismo é consciente desta ameaça e é por isso que, mesmo na sua crise profunda, não vai recuar sem luta e, no seu declínio, tentará também levar a nossa classe à barbárie.
Pela reconstrução da IV Internacional
Os processos de guerra mais generalizados aceleram o tempo para desenvolver o internacionalismo proletário, por isso, a tarefa de primeira ordem é reconstruir a IV Internacional e as suas seções nacionais. Esta direção deve fornecer as diretrizes ao proletariado norte-americano para interromper a indústria bélica do seu país e destruir a aliança imperialista com Israel, para se juntar às manifestações universitárias contra o genocídio na Palestina e dirigí-las, convocando a classe trabalhadora do Oriente Médio para enfrentar suas burguesias, que também dificultam a luta pela destruição do enclave sionista. Também para que o proletariado chinês se levante contra a burocracia do PC, detenha o envio de armas para a Rússia e convoque o proletariado russo e ucraniano para uma guerra revolucionária contra os seus governos restauracionistas, derrotando o processo de assimilação de forma revolucionária.
Reiteramos o nosso chamado às correntes revolucionárias que defendem o programa da ditadura do proletariado para organizar uma Conferência Internacional, cujo objetivo seja lançar as bases para a reconstrução da IV Internacional. Reconstruir a IV Internacional é dar uma direção à tarefa de estabelecer a ditadura do proletariado internacional; é fornecer aos trabalhadores do mundo uma ferramenta revolucionária e um programa antagônico ao capitalismo, que só nos oferece guerra e mais miséria.
COR Chile - LOI Brasil - COR Argentina
No final de Abril, o estado do Rio Grande do Sul foi acometido por uma das maiores tragédias da sua história: as cheias decorrentes de fortes chuvas que afetaram 441 municípios do estado e quase 2 milhões de pessoas, tendo deixado um saldo parcial de mais de 100 mortos e desaparecidos, além dos quase 400 feridos e 400 mil desalojados. Além disso, quase 1 milhão de pessoas estavam sem acesso à eletricidade, assim como seis barragens com o risco de se romper, tendo uma já se rompido parcialmente.
A catástrofe era prevista, visto que há anos já se sabia que, com a aceleração das mudanças climáticas, episódios climáticos extremos como secas e tempestades iriam ocorrer com muito mais frequência. O próprio estado do Rio Grande do Sul já vinha sofrendo tragédias mais reduzidas e localizadas, como em 2023, onde morreram 75 pessoas no estado em decorrência de eventos similares.
Em todas as suas nuances, o evento está diretamente relacionado com o sistema de produção capitalista em crise. As mudanças climáticas, sem precedentes, estão relacionadas a urbanização e a industrialização desenfreada, e a destruição de áreas naturais para produção de matéria-prima e para exploração de fontes de energia. De uma perspectiva mais localizada, temos a atuação direta dos governos dentro da democracia burguesa, atuando para facilitar e otimizar o uso e a exploração predatórias do solo pelo agronegócio, a especulação imobiliária e a mineração. Só em 2019, foram 480 pontos de legislação ambiental que foram alterados pelo governador Eduardo Leite (PSDB).
Obviamente que as burguesias rural e urbana rapidamente conseguiram refúgio longe dali, diante da crise, restando aos trabalhadores pobres do campo e das cidades sofrer com o desabastecimento, a escassez de água potável e de energia elétrica, tendo de se arrastar pelas vias alagadas e pútridas em busca de um telhado para se abrigar.
Agora, em meio a crise, surgem os oportunistas tentando capitalizar com a tragédia gaúcha. O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), e o governador do estado aparecem em frente às câmeras com coletes laranjas da defesa civil, buscando mostrar eficiência diante de um evento que deixará consequências graves e longevas para as condições de vida dos trabalhadores do estado, mas que nada fizeram para conter, pelo contrário, flexibilizaram a legislação, facilitaram a exploração dos territórios de várzea dos rios e lagos da região, que são parte da causa direta do problema. Mesmo Lula, que tem atuado intensamente no sentido de facilitar o fluxo de dinheiro para as medidas emergenciais, age calculadamente para não transformar o evento em seu “Katrina pessoal”, em alusão ao furacão que devastou o sul dos EUA e foi símbolo do descaso do Estado para com a população pobre da região.
O Estado agora tenta conter os danos, mas de fato, não podemos nos fiar nessa saída para os trabalhadores do sul. Os governos municipais, estadual e federal vão agir para que os lucros do agronegócio e da indústria gaúcha não sejam tão prejudicados, mesmo que seja às custas da demissão de trabalhadores ou de corte salarial, como é a política exigida por um grupo de empresários gaúchos ao Ministério do Trabalho, que está estudando a questão. Portanto, os trabalhadores não podem alimentar nenhuma confiança nas saídas apresentadas pelos governos ou na discussão sobre a gestão mais ou menos eficiente do estado burguês, feita pelo reformismo e pelas organizações centristas.
Devemos exigir que os sindicatos e organizações de trabalhadores se mobilizem para organizar o resgate, abrigo e a reconstrução dos lares afetados pelas enchentes. Precisamos nos organizar de forma independente do Estado, através da solidariedade de classe, se apropriando dos materiais e meios disponíveis e colocando-os à disposição de um plano de reconstrução sob controle dos trabalhadores. A tragédia no Rio Grande do Sul é a expressão máxima da decomposição de um Estado semicolonial e das suas instituições. Devemos, portanto, rejeitar as saídas que reforcem o papel dessas instituições e/ou eleitoreiras e avançar na organização para a destruição desse Estado.
3 de mayo de 2024
Expresamos nuestra solidaridad con Michael Pröbsting, secretario internacional de la Corriente Comunista Revolucionaria Internacional, tras ser condenado por el Estado austríaco de “incitación a cometer delitos terroristas y aprobación de los delitos terroristas” en ocasión de una manifestación de solidaridad con el pueblo palestino. Esta persecución política se enmarca en la necesidad de los Estados imperialistas y pro imperialistas, que apoyan al enclave de Israel, de acallar las voces de millones que repudiamos el genocidio que están llevando adelante en la Franja de Gaza desde hace varios meses. Las acciones bélicas del sionismo están viéndose cada vez más cuestionadas en todo el mundo y se desnuda el carácter profundamente reaccionario de sostener a ese enclave en base al intento de exterminio del pueblo palestino. Jóvenes y trabajadores en todo el mundo, especialmente en Estados Unidos y Francia, están llevando adelante acciones de ocupación de universidades para denunciar está masacre. Y, principalmente, ha habido acciones de solidaridad obrera tanto en Estados Unidos como en Europa. Por eso la represión contra ellos es tan agresiva y lo será más en tanto se vean más acorralados.
Nos solidarizamos con Michael Pröbsting y con los cientos de luchadores y activistas que están siendo perseguidos y procesados en distintas partes del mundo. Apelamos a la más amplia solidaridad obrera internacionalista.
¡Absolución de Michael Pröbsting y de todos los procesados por solidarizarse con la causa palestina!
¡Viva la lucha del pueblo palestino! ¡Por la destrucción del enclave sionista de Israel!
¡Por una Federación de Repúblicas Socialistas en Medio Oriente sobre las ruinas del capitalismo!
COR Chile - LOI Brasil - COR Argentina