1º de maio. Pela unidade internacionalista dos trabalhadores contra o imperialismo e a OTAN. Fora as tropas russas da Ucrânia!
Quinta, 28 Abril 2022 18:11
Pela unidade internacionalista dos trabalhadores contra o imperialismo e a OTAN. Fora as tropas russas da Ucrânia!
Esse deve ser o grito de guerra dos trabalhadores de todo o mundo no nosso dia. Devemos enfrentar esta situação histórica mundial com a força da nossa classe, para destruir o sistema capitalista que só nos garante superexploração e uma vida miserável.
Neste dia voltam a tremular as bandeiras da Comuna de Paris, da Revolução Russa, dos mártires de Chicago e dos dirigentes operários que morreram ou foram assassinados enfrentando este sistema capitalista. Por isso, a 136 anos daquele 1º de maio no qual a burguesia norte americana assassinou os mártires de Chicago, devemos reafirmar as tarefas dos revolucionários na luta contra o capitalismo e suas instituições. Lutamos pela destruição do Estado burguês e nos apoiamos na experiência da Revolução Russa e seu sistema soviético.
Este 1º de maio nós trabalhadores nos encontramos enfrentando as consequências da pandemia, da guerra na Ucrânia e a crise econômica, política e social. Assistimos a processos inflacionários em nível mundial e um aumento nos alimentos e na energia, produto da guerra e das sanções econômicas impulsionadas pelo imperialismo contra a Rússia de Putin. Tudo isso golpeia em cheio as condições de vida de nossa classe.
A denominada “Operação Especial” do governo de Putin contra a Ucrânia já leva mais de dois meses de invasão, tratando de impor, mediante a força militar, as condições de um novo status quo no cenário mundial, depois da queda do muro de Berlin e o desmembramento da URSS.
Entretanto a OTAN utiliza este conflito bélico para acelerar o processo de assimilação dos ex-Estados Operários, tratando de impor a estes condições de semicolônia. Por isso, no território ucraniano estão se definindo processos históricos inconclusos, na necessidade de sobrevivência do sistema capitalista.
Inexoravelmente a assimilação dos ex-Estados Operários surgiria na arena mundial e não nas particularidades de cada país. Por isso defendemos a unidade revolucionária do proletariado ucraniano e russo contra seus atuais governos, contra essa guerra que não defende nenhum de nossos interesses como classe.
Em diferentes lugares do planeta, setores de trabalhadores têm retomado os métodos de nossa classe para enfrentar os processos da pandemia e o desenvolvimento da guerra na Ucrânia. Como marxistas, defendemos a união criativa do consciente e do inconsciente, é o que habitualmente chamamos inspiração. A revolução é a inspiração violenta da história.
É nestes momentos que se torna primordial a intervenção do proletariado como uma classe internacional, para mostrar o poderio de uma classe que pode enfrentar seus Estados burgueses, transformar a guerra na Ucrânia em guerra revolucionária e deter o processo de assimilação nos ex-Estados Operários de forma revolucionária.
Para que se desenvolva o internacionalismo é de primeira ordem a reconstrução da IV Internacional, para dotar este processo histórico de uma direção revolucionária, para regenerar uma vanguarda operaria que possa dar uma perspectiva marxista ao proletariado mundial. Acreditamos que como primeira tarefa nessa direção devemos chamar uma Conferência Internacional das correntes trotskistas que ainda reivindicam a Ditadura do Proletariado para discutir as tarefas frente a guerra na Ucrânia e a crise mundial.
Diante de uma direção anárquica como é o sistema capitalista, que depende de seus Estados maiores armados para garantir a reprodução do capital, nós lutamos por uma direção coletiva consciente, que prepare as etapas da Ditadura do Proletariado, já que o sistema atual engendra as condições materiais e as formas sociais para a reconstrução econômica da sociedade.