Chamado a uma conferência internacional pela reconstrução da IV Internacional
Quarta, 18 Mai 2022 21:07REORGANIZAR AS CORRENTES TROTSKYSTAS QUE AINDA REIVINDICAM A DITADURA DO PROLETARIADO.
A situação mundial encontra os trabalhadores enfrentando as consequências da pandemia, a guerra na Ucrânia e as crises econômica, política e social. Assistimos à processos inflacionários em nível mundial e um aumento nos alimentos e na energia, produto da guerra e das sanções econômicas impulsionadas pelo imperialismo contra a Rússia de Putin. Isso se combina com a crise da dívida nos países semicoloniais e ataques sobre o movimento operário. Todos estes fatores estão golpeando em cheio as condições de vida de nossa classe.
O conflito entre Rússia e Ucrânia se desenvolve em meio a uma decomposição do imperialismo e a um processo de assimilação dos ex-Estados Operários. O imperialismo norte americano tenta retomar a hegemonia mundial, mostrando por sua vez sua debilidade histórica, enquanto as burocracias dirigentes dos ex-Estados Operários da Rússia e da China tentam manter o lugar conquistado dentro do sistema capitalista em crise.
A denominada “Operação Especial” do governo Putin contra a Ucrânia já leva mais de dois meses de invasão, tratando de impor, mediante a força militar, as condições de um novo status quo no cenário mundial, depois da queda do muro de Berlim e o desmembramento da URSS.
Entretanto, a OTAN utiliza este conflito bélico para acelerar o processo de assimilação dos ex-Estados Operários, tratando de impor-lhes condições de caráter semicolonial. Por isso, no território ucraniano estão se definindo processos históricos inconclusos, na necessidade de sobrevivência do sistema capitalista.
Como não podia ser de outra maneira, a assimilação dos ex-Estados Operários se coloca na arena mundial e não nas particularidades de cada país. Por isso defendemos a unidade revolucionária do proletariado ucraniano e russo contra seus governos atuais, contra esta guerra que não defende nenhum de nossos interesses como classe.
Para que se desenvolva o internacionalismo é de primeira ordem a reconstrução da IV Internacional, para dotar de uma direção revolucionária as massas operárias que atravessam este período histórico, para regenerar uma vanguarda operária que possa dar uma perspectiva marxista ao proletariado mundial.
Chamamos a uma Conferência Internacional das correntes trotskistas que ainda reivindicam a Ditadura do Proletariado, sustentando que as táticas para tentar resolver a crise de direção revolucionária devem ser internacionalistas sempre, já que inclusive na intervenção de nossas correntes em cada país, se deve partir, em um máximo esforço, do apoio e desenvolvimento de nossas tarefas centrais, orientadas a impulsionar o despertar da revolução em todos os países. Essa é a mecânica para não cair em particularismos e adaptações às instituições burguesas.
A necessidade de concretizar esta Conferência Internacional é para abrir um debate no interior das organizações trotskistas, sobre a importância da construção do partido mundial e suas seções nacionais em um momento em que primam as ideias de movimentos ou coalizões eleitorais, que logo entram em crise, como vemos por exemplo com o PSOL do Brasil e seu apoio a Lula ou o NPA da França e sua campanha em comum com o França Insubmissa de Mélenchon.
Abrir este debate com a militância e com os companheiros que influenciamos permitirá poder intervir neste cenário, a partir de uma perspectiva marxista.
Pela unidade internacionalista dos trabalhadores contra o imperialismo e a OTAN!
Pela expulsão das tropas russas da Ucrânia!
COR Chile - LOI Brasil - COR Argentina
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