1º de Maio. Enfrentar a crise e a guerra lutando por uma saída revolucionária
Terça, 25 Abril 2023 20:161º de Maio
Enfrentar a crise e a guerra lutando por uma saída revolucionária
Pela unidade internacionalista dos trabalhadores contra o imperialismo e a OTAN.
Expulsão das tropas russas da Ucrânia!
Os trabalhadores de todo o mundo devemos enfrentar esta situação mundial histórica com a força de nossa classe para destruir este sistema capitalista que só nos garante superexploração e uma vida miserável.
Neste dia, reafirmamos nossa história como classe e sustentamos com firmeza as bandeiras da Comuna de Paris, da Revolução Russa, dos mártires de Chicago e dos dirigentes operários que morreram ou foram assassinados enfrentando este sistema capitalista. Por isso, há 137 anos daquele 1º de maio no qual a burguesia norte-americana assassinava os mártires de Chicago, se faz crucial retomar as tarefas dos revolucionários na luta contra o capitalismo e suas instituições, como os Estados-nação. Lutamos pela destruição do Estado burguês e nos apoiamos na experiência da Revolução Russa e seu sistema soviético.
Este 1º de maio encontra a nós trabalhadores lutando contra as conseqüências da pandemia, da guerra na Ucrânia e de uma crise econômica, política e social internacional.
Assistimos processos inflacionários em nível mundial e uma enorme crise bancária que começou com a queda do Sillicon Valley Bank e do Credit Suisse e apelou ao resgate dos Estados imperialistas para, uma vez mais, salvar o capital. Contudo, a classe operária não “ficou em casa” e tem protagonizado importantes greves, mobilizações e lutas nas ruas, como temos visto na França, Inglaterra, Alemanha e EUA.
A América Latina está protagonizando importantes processos de massas como foram os levantes em países como Chile, Peru ou Colômbia, com a intervenção de amplos setores operários e camponeses, fortemente reprimidos por seus estados à serviço do amo yanque. Também processos de organização e luta dos trabalhadores empregados e desempregados nos diferentes países como Argentina ou Brasil, que enfrentam o retrocesso das condições de vida.
A crise dos semi-estados produto da decomposição imperialista, não terá resolução nas eleições de troca de seus personagens políticos ou de reformas constituintes. É imprescindível organizar nossa classe, recuperando os sindicatos e reagrupando a vanguarda para preparar Congressos de delegados de base para enfrentar a crise, expulsar o imperialismo e as políticas do FMI na região, na luta pelos Estados Unidos Socialistas da América Latina e Caribe.
Construir uma direção revolucionária
A intervenção de nossa classe abre a possibilidade de embriões de direção revolucionária. Nesta época, é uma tarefa principal deter a guerra Rússia-Ucrânia, para convertê-la em uma guerra revolucionária. O proletariado dos países imperialistas deve enfrentar seus governos e frear a máquina de guerra ocupando as empresas ou boicotando o envio de armas, para, desta maneira ajudar o proletariados russo e ucraniano a desenvolver uma vanguarda que enfrente a restauração capitalista em curso e abra processo revolucionário.
No território ucraniano estão se definindo processos históricos inconclusos, na necessidade de sobrevivência do sistema capitalista. Por isso sustentamos a unidade revolucionária do proletariado ucraniano e russo contra seus governos atuais, contra esta guerra que não defende nenhum de nossos interesses como classe.
São tarefas inéditas para nossa classe, frente ao cenário de decomposição do imperialismo e do processo de assimilação dos ex-Estados operários. O sistema capitalista expressa uma crise histórica em sua organização das relações sociais de produção e suas formas de dominação.
São nestes momentos em que se torna primordial a intervenção da classe operária como uma classe internacional e não ligada a seus Estados nação, para mostrar o poderio de uma classe que pode enfrentar o sistema capitalista.
Frente a uma direção anárquica como é o sistema capitalista, que depende de seus Estados maiores armados para garantir a reprodução do capital, nós lutamos por uma direção coletiva consciente, que prepare as etapas da ditadura do proletariado, já que o sistema atual engendra as condições materiais e as formas sociais para a reconstrução econômica da sociedade.
Para que se desenvolva o internacionalismo é de primeira ordem a reconstrução da IV Internacional para dotar de uma direção revolucionária este processo histórico, para regenerar uma vanguarda operária que possa dar uma perspectiva marxista ao proletariado mundial. Cremos que como primeira tarefa que vá nessa direção, devemos chamar uma Conferência internacional das correntes trotskistas que ainda reivindicam a ditadura do proletariado para discutir as tarefas frente a guerra na Ucrânia, os processos na França e a crise mundial.
COR Chile - LOI Brasil - COR Argentina